Economia

ANP inicia 13ª Rodada de Licitações no Rio

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) iniciou nesta quarta-feira, 7, no Rio de Janeiro, a 13ª Rodada de Licitações de áreas exploratórias de petróleo com a oferta de 22 blocos na Bacia do Parnaíba, no Maranhão. A área é considerada uma nova fronteira e está dividida em dois setores. Para essa bacia, o bônus de assinatura mínimo varia de R$ 239.922,74 até R$ 1.025.425,69.

A ANP oferece um grupo de blocos por setor. As empresas podem apresentar ofertas pelos blocos de suas preferências e não são obrigadas a levar o setor inteiro. As propostas vencedoras consideram não só o bônus de assinatura, relativo ao valor pago, mas também o quanto será adquirido de bens e serviços da indústria local, o conteúdo local, e também o programa exploratório mínimo

A diretora geral da ANP, Magda Chambriard, abriu a 13ª Rodada de Licitações de blocos exploratórios afirmando que o Brasil tem um dos ambientes regulatórios mais estáveis e confiáveis do setor de petróleo global, o que é um bom indicativo para os investidores presentes ao leilão.

Magda destacou que o País possui concessões que envolvem a exploração e a produção em 260 mil Km2, uma pequena extensão, segundo a diretora-geral da agência. “Isso representa somente 3,5% da nossa extensa área sedimentar”, afirmou, complementando que a intenção é descentralizar o investimento exploratório para disseminar o desenvolvimento regional e também dar oportunidade de investimento às pequenas e médias empresas do setor. A rodada, que envolve apenas áreas do pós-sal, será realizada dentro do regime de concessão.

A diretora da ANP destacou a participação de 36 empresas na rodada – na terça-feira, 6, a TSL foi desclassificada – que envolve 266 blocos em bacias terrestres e marítimas. “Esperamos que a manifestação de interesse (das empresas) seja refletida em resultados de investimentos de longo prazo, que venham culminar com aumento da produção de óleo e gás do nosso País”, disse ela.

Logo após a fala de Magda, a organização “Não Fracking Brasil”, contrária à exploração do gás não convencional, se manifestou. O representante da entidade, cujo nome não foi informado, fez um apelo aos representantes das empresas petroleiras.

“Não invistam no fraturamento hidráulico (de exploração de gás não convencional), caso contrário, vocês terão que lidar com milhares de ações judiciais. Não invistam nenhum centavo no gás não convencional, senão terão prejuízo”, afirmou. A organização inclui agricultores, ambientalistas e cientistas climáticos. Representantes de comunidades indígenas e do Sindipetro-RJ também se manifestaram no mesmo sentido.

Shell

O presidente da Shell no Brasil, André Araújo, evitou comentar a expectativa da empresa para a 13ª Rodada de leilões da ANP. O executivo sinalizou que os leilões não sinalizam uma tendência única sobre o interesse de todas as empresas, mas reforçam a estratégia das companhias para a composição de seu portfólio.

“O desafio é que cada empresa tem uma posição, avalia as áreas. Não sei se leilão dá sinais claros de tendência, ou indica a posição de cada companhia com seu portfólio. Vamos ver como vai ser”, afirmou André Araújo na chegada ao hotel onde ocorre a 13ª Rodada, no Rio de Janeiro.

Expectativa

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia na área de óleo e gás, Marco Antonio Almeida, afirmou nesta quarta-feira que o cenário da indústria é “incerto” e evitou indicar uma expectativa para a arrecadação com os bônus da 13ª Rodada de concessões da ANP.

“O cenário é incerto, não tem previsão. O importante é que os blocos se vendam”, afirmou o secretário, também na chegada ao leilão.

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