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ANS aponta queda no índice de desempenho das operadoras

O porcentual de consumidores que têm planos de saúde com nota considerada satisfatória pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) caiu em 2013 na comparação com o ano anterior. De acordo com a avaliação anual do desempenho das operadoras, divulgada nesta quarta-feira, 19, 93,8% dos beneficiários tinham planos de empresas médico-hospitalares que obtiveram índice de desempenho igual ou maior que 0,5 numa escala que vai de 0 a 1. Em 2012, o porcentual chegara a 95,2%.

“Estatisticamente, na média, a situação se mantém em relação ao ano anterior”, disse a diretora de Desenvolvimento Setorial da Agência, Martha Oliveira.

A avaliação da ANS mostra que apenas 10,5% dos 52,7 milhões de beneficiários de planos privados do País estavam em operadoras com índice considerado muito bom na avaliação, com notas de 0,8 a 1. Já os consumidores que adquiriram planos considerados bons (de 0,6 a 0,79) representavam 72% do total.

Perguntada sobre o fato de apenas um de cada dez consumidores estarem em planos considerados muito bons, Martha disse que “não é preocupante”. “Na verdade, temos a outra faixa, de 0,6 a 0,79, com bastante beneficiários. Temos um pool de indicadores que são muito heterogêneos. São quatro dimensões diferentes. Uma operadora pode estar na penúltima faixa e ter alguma das dimensões muito boa. Ela precisa estar equilibrada e sustentável em todas as dimensões para ter uma nota boa no final”, disse a diretora da ANS.

Segundo ela, foram analisados 30 indicadores: 16 referentes à assistência prestada; 6 sobre estrutura e operação; 4 sobre a situação econômico-financeira; e 3 referentes à satisfação dos beneficiários. As principais reclamações de consumidores em 2013 foram referentes à cobertura dos planos. Em seguida, sobre contratos de regulamentos e, depois, mensalidades e reajustes.

O Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) é considerado oficialmente a “nota” das operadoras, mas a ANS não divulga um ranking das empresas. Todas as 1.237 operadoras ativas do País foram avaliadas – do total, 343 são exclusivamente odontológicas. No portal da ANS, é possível buscar as informações referentes ao resultado de cada empresa.

“Esse não é um instrumento de punição. É um programa que busca incentivar a qualificação das operadoras”, disse o diretor-presidente da ANS, André Longo. Ele destacou que o porcentual de beneficiários de operadoras médico-hospitalares situadas nas duas melhores faixas do índice passou de 75,7% em 2011 para 82,5% em 2013.

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