Estadão

Apenas 17% das micro e pequenas indústrias adotam planejamento de longo prazo, diz pesquisa

Dentre as micro e pequenas indústrias, apenas 17% adotam estratégias de longo prazo, priorizando a estabilidade e investimentos de longo alcance. É o que mostra a 9ª Rodada da Pesquisa Datafolha contratada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) sobre o Grau de Planejamento nas Micro e Pequenas Indústrias.
O instituto ouviu 707 empresas de 11 a 30 de setembro, sendo 333 nas regiões metropolitanas do País e 374 entrevistas foram feitas no interior dos Estados.

Constatou também que 45% das empresas disseram que adotam estratégias de curto prazo, com foco em manter a estabilidade financeira do dia a dia, especialmente as microindústrias, representando 47% desse grupo. Essa abordagem reflete a necessidade de lidar com desafios imediatos.

Ainda segundo o Datafolha, notavelmente 50% das pequenas empresas optam por estratégias de médio prazo, bem acima da média geral de 34% entre as micro e pequenas indústrias, buscando investimentos para resultados a seis meses.

Segundo o presidente do Simpi, Joseph Couri, isso indica uma visão mais ampla do futuro, visando crescimento e expansão.

Essa diversidade de estratégias, segundo ele, reflete a adaptação necessária em um cenário econômico incerto. "A predominância do curto prazo destaca a busca por sobrevivência imediata, enquanto o médio e longo prazo demonstram um compromisso com o crescimento."

Couri enfatiza a importância do apoio governamental para enfrentar incertezas econômicas e promover o crescimento sustentável e contínuo nas micro e pequenas indústrias.

"As MPIs enfrentam desafios e incertezas econômicas, mas também buscam diferentes estratégias de planejamento para se adaptar a um ambiente em constante mudança. O apoio adequado pode desempenhar um papel crucial no fortalecimento dessas empresas e no estímulo ao crescimento sustentável a longo prazo", avaliou o presidente do Simpi.

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