Cidades

Apesar de bebê não resistir, mãe agradece profissionais do Samu e do HMC

O Hospital Municipal da Criança  (HMC), que passa por sérias dificuldades financeiras e se tornou alvo de diversas polêmicas nos últimos anos, foi palco de uma história que emocionou e que promete mudar a vida de uma família da Vila Augusta.
 
A pequena Helena de Fazio Cruz, de cinco meses, morreu sete dias após engasgar enquanto dormia em sua casa. A menina foi encaminhada pelo Samu ao HMC, onde recebeu o atendimento emergencial e permaneceu internada. Segundo a mãe da criança, Verônica Vieira de Fazio, de 31 anos, que é enfermeira, a atenção e o profissionalismo dos funcionários do hospital deram o conforto que a família precisava no momento tão difícil de suas vidas.
 
Verônica fez Helena dormir e a colocou no berço na tarde do sábado, dia 26 de dezembro. Cerca de vinte minutos depois, voltou ao cômodo e percebeu que a filha já estava sem respiração e não apresentava batimentos cardíacos. “Na hora gritei por meu marido, Henrique. Ele veio correndo e pedi para ele chamar o SAMU e comecei a massagem cardíaca sem sucesso”, explicou.
 
Segundo a mãe, para o socorro foram disponibilizadas duas viaturas do Samu e uma do Resgate do Corpo dos Bombeiros. Estavam presentes cabo Lagos, cabo Marcilio, soldado Schoub e soldado Giovanne, que realizaram os primeiros socorros e decidiram por encaminhar a menina para o HMC.
 
Cerca de dez minutos após a chegada de Helena ao hospital, o coração dela voltou a bater. “Fui informada sobre a gravidade do caso da minha menina e fomos encaminhados à UTI, lá os médicos tentaram de tudo e todos os exames possíveis foram realizados, porém minha princesa não respondia a nenhum estímulo”, contou Verônica.
 
Segundo a mãe, no dia 28 de dezembro, os médicos responsáveis, Wilson, Sérgio Cristiane, Alessandra e Denise abriram um protocolo de morte encefálica – morte baseada na ausência de todas as funções neurológicas –, porém existiam pequenos estímulos no cérebro de Helena, que mantinham a esperança de que a pequena poderia se recuperar, mesmo com o estado de saúde da menina sendo grave.
 
“Toda a equipe médica do hospital como as enfermeiras Carol, Nice, Cris e Bete, foram extremamente humanos, falaram comigo e com minha família dizendo que minha filha era um milagre e que enquanto aquele coração batesse eles iriam fazer de tudo, pois um bebê que resistiu a 40 minutos de parada cardíaca já estava resistindo a três dias” relembrou Verônica.
 
Porém neste sábado, 2 de janeiro, às 7h15, a pequena Helena não resistiu e morreu. “Pedi a reportagem porque cada profissional que passou pelo nosso caminho entendeu nosso sofrimento e foram extremamente capacitados e carinhosos. O que ajudou muito a passarmos pelo momento mais doloroso de nossas vidas. Pagávamos plano de saúde e não teríamos o mesmo atendimento que tivemos nesse hospital”, encerrou.
 

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