Cidades

Apesar de obras paradas, empreiteira recebe R$ 1,4 milhão pelo Trevo de Bonsucesso

Tanto a Caixa quanto a Prefeitura parecem não se entender quando o assunto são as obras intermináveis do Trevo de Bonsucesso. Com prazo previsto para sua entrega em 11 de agosto deste ano, o cenário presenciado nesta quarta-feira, 14, pelo GuarulhosWeb não inspira confiança na conclusão das benfeitorias propostas pelo Governo Municipal no prazo estabelecido.
 
Em entrevista ao GuarulhosWeb no dia 16 de dezembro do último ano, o prefeito Sebastião Almeida (PT) admitiu a paralisação das obras, mas ressaltou que mesmo com este imprevisto, nada afetará sua entrega que foi protelada para agosto de 2016, informação esta que contradiz o painel informativo no entorno empreendimento, que custará aos cofres públicos R$ 83 milhões.
 
De acordo com informações apuradas, as obras para readequação do Trevo de Bonsucesso, que ao longo dos anos sofreu inúmeras transformações, se encontram sem nenhuma ação a pelo menos 3 meses. No último dia 2 de dezembro, Almeida rescindiu o contrato firmado com o Consórcio Andrade Gutierrez / Queiroz Galvão, empresas envolvidas no escândalo da Petrobrás, denominado de Operação Lava Jato.
 
Mesmo com o contrato rescindido e com obras paralisadas, o Governo Municipal realizou o pagamento de R$ 1 486.188,69 às empresas. E como justificativa alegou ser essencial à Secretaria de Transporte e Trânsito, para melhoria da mobilidade urbana do município em especial na redução dos transtornos enfrentados por munícipes da região de Bonsucesso e Pimentas em seu deslocamento diário através do transporte coletivo e por automóveis.
 
Já a Caixa Econômica Federal ressaltou que a contratação e execução da obra é de responsabilidade da Prefeitura. Ela também apontou que a paralisação das obras no local se deve ao fato do projeto apresentado pela Administração Pública conter pendências técnicas de engenharia. Entretanto, a Caixa afirma já ter solicitado tomador que solucione estas pendências para que se torne possível a finalização da avaliação do projeto.
 
O prefeito justificou a operação de distrato, realizada no mês passado, com as empresas de engenharia se deu por conta das empresas não estarem aptas às condições estipuladas pela Caixa Econômica Federal, responsável pelo financiamento do empreendimento. "Tem a ver com o preço da obra, até porque a Caixa tem uma tabela de preços e a empresa que vence o processo licitatório tem que se adequar a essa tabela colocada pelos técnicos da Caixa".
 
Na tarde desta quarta-feira, 14, a reportagem do GuarulhosWeb visitou às instalações do empreendimento e pôde constatar a ausência de operários e maquinários. Contudo, foi encontrado materiais de construção abandonados. No entanto, a Prefeitura não respondeu aos questionamentos sobre o motivo do pagamento e tampouco quando será retomado os trabalhos naquele local.
 

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