Os taxistas ganharam mais um concorrente nas ruas da capital. Depois da Uber, a startup indiana WillGo já opera em São Paulo – e também no Rio e em Belo Horizonte. Com funcionamento similar à gigante americana, o novo aplicativo chega com a promessa de oferecer uma frota diversificada de veículos, que inclui, além dos modelos populares e de luxo, utilitários, blindados e até motos, para serviço de entrega de documentos e pequenos objetos.
A chegada da empresa vai ampliar a gama de ofertas aos usuários e também a tensão com os 38 mil taxistas da cidade. Com mais de 4 mil carros cadastrados, de acordo com o diretor da empresa no País, Samir Gabriel da Silva, a WillGo pretende buscar parceiros com base em um modelo de negócio estruturado na cobrança de mensalidade. O preço está fixado em R$ 350 mensais, independentemente do número de viagens feitas no período.
“A WillGo não ganha nada sobre o valor da corrida. Só cobra um valor mensal e fixo pelo uso da plataforma, da tecnologia. É como se nossos empreendedores (como são chamados os motoristas) pagassem uma licença pelo uso do aplicativo, como acontece com tantos outros programas”, diz. No modelo da Uber, a empresa retém entre 20% e 50% do valor recebido pelo motorista ao término da viagem.
Por causa do formato apresentado, Samir diz que o projeto de lei em desenvolvimento pela gestão Fernando Haddad (PT) e pelo vereador José Police Neto (PSD) para regulamentar os aplicativos de transporte não contempla a empresa.
O diretor da SP Negócios, Ciro Biderman, afirma, no entanto, que, se a WillGo quiser operar de forma legal na capital, terá de se enquadrar nas regras que serão definidas. “Não vamos fazer uma lei para cada aplicativo, é claro. Quando essa regulação estiver funcionando, valerá também para a WillGo e tantos outros.”
A proposta em discussão na Câmara prevê que as startups sejam liberadas para funcionar em São Paulo mediante compra de créditos. De acordo com Biderman, a Prefeitura vai cobrar pelo uso do viário urbano. Viagens na periferia, fora do horário de pico e com mais de um passageiro no carro terão preços mais baixos. Os valores, porém, ainda não foram divulgados.
Espera. O download do aplicativo ainda não estão disponível para iPhone. Por enquanto, a recomendação da empresa é baixar pela sistema Android. Mas o processo ainda é lento e, às vezes, não completa. No site da WillGo, usuários também reclamam do tempo de espera. Há casos em que a demora passa de 40 minutos. Samir diz que o serviço está no início, por isso, há o registro desses problemas. Com o tempo, no entanto, o diretor afirma que as reclamações vão diminuir.
Outras estratégias para atrair clientes incluem a possibilidade de agendamento de carro, com 48 horas de antecedência, e de escolher o motorista, marcando-o como “favorito”. Com isso, sempre que um carro for solicitado, o aplicativo dará preferência para aquele motorista, caso ele esteja por perto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.