Após o episódio da convocação da criminalista Beatriz Catta Preta na CPI da Petrobras, o presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), se reuniu nesta tarde com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Coêlho. Segundo Motta, a oitiva e as denúncias de ameaça contra a advogada não foram mencionadas no encontro. “Aquilo está superado”, declarou Motta.
O presidente da entidade assinou o pedido de habeas corpus preventivo deferido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar que Catta Preta tivesse de falar na CPI sobre a origem dos honorários que recebeu como defensora de alguns dos principais delatores da Lava Jato. Na petição, Coêlho disse que a convocação da criminalista ofendia as prerrogativas inerentes à advocacia, “em especial a inviolabilidade do sigilo profissional, e revela-se ilegal e abusivo”.
Motta, que pediu a reunião, postou uma foto do encontro com o presidente da OAB nas redes sociais e disse que eles conversaram sobre a possível participação da entidade nos trabalhos da CPI. O deputado sugeriu que a Ordem colabore com o relatório final da comissão propondo mudanças nas leis de combate à corrupção e busca de segurança jurídica para dar competitividade às empresas públicas.