Sem a mesma facilidade do jogo de ida, o Fluminense voltou a vencer a Universidad Católica nesta quarta-feira. O time carioca selou a vaga nas oitavas de final da Copa Sul-Americana ao derrotar o rival equatoriano por 2 a 1, de virada, na altitude de 2.850 metros de Quito. Na ida, o Flu havia goleado por 4 a 0.
Agora o time comandado pelo técnico Abel Braga aguarda a definição do seu futuro adversário. Sairá do confronto entre Bolívar e LDU – o primeiro venceu na ida por 1 a 0. Eles voltam a se enfrentar na próxima quarta. Se alcançar às quartas, o Flu poderá cruzar com a Chapecoense.
Longe de empolgar no Brasileirão, o Fluminense elegeu a Sul-Americana como seu maior foco para o restante da temporada. Ao menos era o que sugeria a escalação do time titular por Abel Braga para o confronto desta noite. Não bastasse a goleada de 4 a 0 no jogo de ida, havia a altitude para desgastar os principais jogadores do elenco. Mesmo assim, o treinador optou por não poupá-los.
Surpreendeu também a escalação de um trio de atacantes, apesar da larga vantagem no placar. Mas esta formação ofensiva ficou em segundo plano nos primeiros minutos de jogo. Precisando neutralizar o prejuízo do jogo de ida, a equipe da casa já atacava com perigo logo no primeiro minuto de jogo, em finalização de López que exigiu bela defesa de Júlio César.
A Universidad Católica abriu o placar aos 17 minutos. Após cobrança de escanteio, Orejuela furou, talvez atrapalhado pelo sol, e Henrique Dourado dividiu por baixo com Cifuente na pequena área. A bola morreu lentamente no fundo das redes.
O time equatoriano criou duas boas chances de gol na sequência, até que o Fluminense resolveu fechar o meio-campo, ao desistir do ataque. O time carioca tentava controlar a bola no meio para evitar correrias e lançamentos, reduzindo o desgaste físico em meio à altitude.
E, numa das raras investidas do Flu no ataque, o empate veio com certa facilidade. Marcos Júnior cruzou na área, Henrique cabeceou e o goleiro Galíndez deu rebote. Henrique Dourado, bem posicionado, finalizou cruzado da pequena área, ao aproveitar a sobra, aos 38 minutos.
O empate manteve o Flu com ampla vantagem no confronto. Por causa do gol fora, o time carioca só seria eliminado se sofresse cinco gols na etapa final. Por isso, Abel Braga trocou um dos seus três atacantes por um zagueiro no começo do segundo tempo. Renato Chaves entrou no lugar de Marcos Júnior.
E, mesmo com uma formação menos ofensiva, o Fluminense buscou o gol da virada aos 15 minutos. Richarlison viu Marlon Freitas em boa situação pela direita e fez o passe preciso. O volante conteve a marcação e bateu fraco e rasteiro, o suficiente para vencer o goleiro Galíndez.
No embalo do segundo gol, e diante do desânimo do time da casa, o Flu cresceu em campo e desperdiçou chances seguidas, que poderiam gerar nova goleada contra a Universidad Católica. A equipe equatoriana se segurou bem e evitou uma eliminação vergonhosa.
FICHA TÉCNICA:
UNIVERSIDAD CATÓLICA 1 x 2 FLUMINENSE
UNIVERSIDAD CATÓLICA – Galíndez; Meneses, Oñate, Godoy, Prado (Jordy Caicedo); Gil Romero, Jerry León, Defederico, Ibarra (Jhonatan Lucas), López; Cifuente. Técnico: Gustavo Díaz.
FLUMINENSE – Júlio César; Mateus Norton, Frazan, Henrique, Léo (Marlon); Marlon Freitas, Wendel (Marcos Calazans), Orejuela; Marcos Júnior (Renato Chaves), Henrique Dourado e Richarlison. Técnico: Abel Braga.
GOLS – Cifuente, aos 17, e Henrique Dourado, aos 38 minutos do primeiro tempo. Marlon Freitas, aos 15 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Gil Romero, Jerry León, Orejuela, Oñate.
ÁRBITRO – Darío Herrera (Argentina).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio Olímpico de Atahualpa, em Quito (Equador).