A ressaca que atingiu a cidade de Santos, no litoral sul de São Paulo, no último domingo, 21, foi a mais forte em 12 anos, com elevação da maré em 2,6 metros e ventos de até 82 km/h. Além de causar o avanço das águas sobre a avenida da orla, destruir um deck usado por pescadores, alagar garagens de prédios e clubes e danificar carros, o fenômeno também obrigou a prefeitura a mudar sua estratégia de contenção.
A administração santista anunciou que vai investir R$ 4 milhões em ações como o “engordamento” da praia com areia e a colocação, no próximo ano, de barreiras removíveis na Ponta da Praia. O dinheiro para as ações é parte de uma multa aplicada há 20 anos à proprietária de um navio por derramamento de óleo no estuário após uma colisão. A ação judicial terminou em acordo entre o responsável pela embarcação, o Ministério Público Estadual (MPE) e o Ministério Público Federal (MPF).
A verba deve ser usada em projetos ambientais e só pode ser liberada após a prefeitura apresentar um projeto que precisa ser aprovado pelo Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos. “Enquanto isso, será realizado processo licitatório para a contratação de empresa especializada que desenvolverá o projeto de contenção definitiva para solucionar o problema”, diz a administração santista.