O ano deve ser de desmanche no Grêmio. Mesmo após anunciar a saída do volante Walace para o Hamburgo, da Alemanha, o clube gaúcho ainda precisa realizar outras vendas. De acordo com o vice-presidente de futebol Odorico Roman, a diretoria depende dessas negociações para não fechar o ano com prejuízo.
“Nós temos que ser claros e objetivos. O Grêmio tem no seu orçamento uma entrada de R$ 60 milhões com venda de jogadores. Se não tiver essa entrada, vai ficar descoberto. Dizer que não vai sair mais ninguém é agredir o orçamento. Temos que fazer R$ 60 milhões para manter o equilíbrio do orçamento em 2017”, explicou o dirigente.
O valor de venda de Walace não foi tornado público pelo Grêmio, mas especula-se que a negociação envolva 10 milhões de euros (R$ 33,6 milhões na cotação atual). O Grêmio, porém, tem direito a apenas 60% desse valor, o que dá cerca de R$ 20 milhões. Ou seja: ainda falta arrecadar mais R$ 40 milhões.
Walace era uma das joias do elenco do Grêmio. O jogador, de 21 anos, formado no Avaí, fez sua estreia profissional pelo clube gaúcho, em 2014. Desde então o Brasileirão de 2015, é titular absoluto da equipe.
Na seleção, jogou o Sul-Americano Sub-20 de 2015 e ganhou o ouro olímpico no Rio-2016 como titular da equipe do técnico Rogério Micale. Durante a preparação para esse torneio, serviu à seleção principal na Copa América Centenário. Na semana passada, ficou em campo os 90 minutos do amistoso contra a Colômbia, em que só atuaram jogadores de clubes brasileiros.
Com problemas financeiros, o Grêmio tem encontrado dificuldades de montar seu elenco para a Copa Libertadores. Seus reforços até aqui são modestos: os laterais Leonardo, Léo Moura e Cortez, o volante Michel e os atacantes Jael e Beto da Silva.