A arrecadação federal fechou novembro em R$ 104,470 bilhões, uma queda real de 12,86% em relação a novembro do ano passado. Na comparação com outubro de 2014, houve queda de 2,14%.
O resultado ficou dentro do esperado pelos analistas do mercado consultados pelo AE Projeções, mas abaixo da mediana. De acordo com o levantamento, as expectativas indicavam um resultado de arrecadação entre R$ 96 bilhões e R$ 110,189 bilhões, com mediana de R$ 99,050 bilhões.
A arrecadação das chamadas receitas administradas pela Receita Federal somou R$ 102,460 bilhões em novembro, o que representa uma queda real de 13,05% ante o mesmo mês de 2013. As demais receitas (taxas e contribuições recolhidas por outros órgãos) foram de R$ 2,010 bilhões, uma queda real de 2,49% ante o mesmo período do ano anterior.
No acumulado de janeiro a novembro de 2014, o pagamento de tributos somou R$ 1,073 trilhão, com queda real de 0,99% em relação ao mesmo período de 2013. A projeção da Receita Federal para esse ano é de crescimento zero.
Desonerações
A renúncia fiscal com desonerações tributárias somou R$ 92,932 bilhões de janeiro até novembro deste ano. O valor é 32,54% maior que os R$ 70,116 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Só em novembro deste ano, a renúncia foi de R$ 8,470 bilhões, número 17,04% maior que os R$ 7,237 bilhões registrados no mesmo mês de 2013.
A desoneração referente à folha de salários somou R$ 17,541 bilhões de janeiro a novembro de 2014, sendo R$ 1,660 bilhão referente ao mês passado. Com a mudança na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014, o governo poderá abater da meta de superávit primário deste ano todo o valor deixado de arrecadar com a renúncia fiscal e com os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).