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Assistente de Neschling deve assumir o Teatro Municipal de SP

Eduardo Strausser, maestro residente do Teatro Municipal de São Paulo, deve assumir a regência dos espetáculos da casa, entre eles as óperas Elektra, de Strauss, e Fosca, de Carlos Gomes. A informação foi confirmada nesta terça-feira, 6, a músicos do teatro, com a ressalva de que ele não assume a direção artística, antes ocupada pelo maestro John Neschling, demitido na segunda-feira. Não há previsão para a contratação de novo diretor, mesmo em meio à montagem da temporada 2017, que deve ficar pronta até o fim do mês.

O último posto ocupado em uma orquestra brasileira por Strausser, antes de chegar ao Municipal, havia sido o de músico da Orquestra Sinfônica Jovem de Guarulhos. Em seguida, passou uma temporada de estudos na Alemanha. Chegou ao teatro levado pelo maestro John Neschling, ocupando o posto de regente residente – em seu site pessoal, ele afirma também ser “diretor artístico assistente”, informação que não consta do material de divulgação oficial do Municipal.

Na sexta, ele havia sido demitido por Neschling, que o acusou de participar de articulações para derrubá-lo do posto de diretor. Não efetivada, a demissão foi revogada.

A reportagem tentou contato com o maestro Strausser, que não respondeu a recados deixados pela reportagem. O Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC), organização social (OS) responsável pela gestão do teatro, informou por meio de nota que, a respeito da substituição de Neschling, ainda não há “previsão”. Questionado sobre a opção de colocar Strausser à frente dos próximos espetáculos, o IBGC disse que o maestro “segue como funcionário contratado do IBGC e conduzirá a Orquestra Sinfônica Municipal no espetáculo Titã, conforme programado”.

Opiniões

Músicos ouvidos pela reportagem, que preferiram não se identificar, tiveram reação mista à decisão de manter Strausser. “Ele é inexperiente, nem sempre sabe lidar com os músicos, o que incomoda e gera desconfiança”, disse um deles. Para outro, “o momento é de alívio”. “A situação com o maestro Neschling estava difícil, não apenas pelo desempenho dele, mas também por causa da insistência em humilhar e ofender músicos”, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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