De volta ao cargo de vice-presidente de futebol do São Paulo, Ataíde Gil Guerreiro deixou claro que não vai “aliviar a barra” do ex-presidente Carlos Miguel Aidar, que após denúncias de corrupção e muita pressão nos bastidores, renunciou ao cargo na última terça-feira. Segundo Ataíde, ele vai revelar a gravação que comprovaria os casos de corrupção que o ex-dirigente estaria envolvido.
“A fita vai ao conselho (deliberativo do São Paulo). Vou até o fim no caso contra o Carlos Miguel Aidar. Eu acabava fazendo papel de bobo. Eu estava desconfiado, mas não encontrava prova. Você não pode fazer uma acusação dessas sem prova. Achei que tinha de fazer ato não ortodoxo, fora das regras de um cavalheiro”, explicou o dirigente, no vestiário do estádio do Morumbi, pouco antes da partida contra o Vasco, neste domingo.
“A gravação é apenas um fato dentro de vários outros. Estava muito tempo preocupado com isso e fiz essa papel triste. Algo que não está na minha índole, mas quando você trata com pessoas desonestas, você tem que ser desonesto”, explicou. Ataíde ainda confirmou que chegou a trocar agressões com Aidar. “Foi um momento de cabeça quente e que não faz parte da minha índole”.
O homem forte do futebol do São Paulo se irritou quando questionado sobre a possibilidade de ter alguma envolvimento nos casos de corrupção. “Nas negociações do Douglas, Wesley e Denilson não tive participação alguma. O Denilson não foi uma negociação. Foi uma exigência de pagamento de uma comissão de um empresário”, revelou.