Atlético-MG falha nas finalizações e só empata com o Sport em casa

O melhor ataque do Campeonato Brasileiro parou na retranca do Sport. Neste sábado, as 26 finalizações não foram suficientes para o Atlético-MG ir além do 0 a 0 com o Sport, no Mineirão, em partida válida pela 18ª rodada, tropeçando pelo seu terceiro compromisso seguido.

Antes líder do Brasileirão, agora o Atlético-MG é o terceiro colocado, com 32 pontos, a dois de Internacional e Flamengo, que estão com 34 e vão duelar neste domingo, no Beira-Rio. Já o Sport chegou aos 21 pontos, na 11ª posição, pondo fim a uma série de quatro derrotas na competição.

Apesar da grande produção ofensiva e de ter atuado durante quase todos os 90 minutos no campo de ataque, o Atlético-MG não teve bom desempenho neste sábado. Faltou criatividade ao time para encontrar espaços na defesa do Sport, além de intensidade para envolvê-lo, tornando a troca de passes improdutiva. Tenso, também errou muitos passes, facilitando a atuação do adversário. E nem a estreia de Zaracho, na etapa final, melhorou o seu desempenho.

Já o Sport contou com atuação decisiva do goleiro Luan Polli para pontuar em Belo Horizonte. E demonstrou organização defensiva para conseguir conter a pressão adversária, a ponto de nem ter sido sufocado em parte relevante do segundo tempo.

O duelo marcou o reencontro de Thiago Neves, no time pernambucano, com o Atlético-MG, time com o qual se envolveu em polêmicas e contra quem marcou gols decisivos na sua passagem pelo Cruzeiro. Recentemente, a negociação de transferência para a equipe mineira foi cancelada após reclamações dos torcedores. Nesta noite, isolado no ataque, teve atuação apagada.

O Atlético-MG só voltará a jogar em 2 de novembro, quando visitará o Palmeiras, no Allianz Parque, pela última rodada do primeiro turno do Brasileirão. No dia anterior, será a vez de o Sport receber o Athletico-PR na Arena da Baixada.

O JOGO – Fato raro, o técnico Jorge Sampaoli repetiu a escalação do Atlético, utilizada na derrota para o Bahia, mas colocou o time em campo com uma variação: inverteu os lados dos pontas, com Keno na direita e Savarino na esquerda, algo que foi descartado na etapa final. Já no Sport, a aposta de Jair Ventura foi em uma retranca, com uma linha defensiva de cinco jogadores e apenas Thiago Neves e Leandro Barcia tendo alguma liberdade.

Com essas formações, o primeiro tempo foi um confronto de ataque contra defesa, como indicou a estatística de finalizações: 13 a 0 para o Atlético. Só que essa supremacia não se transformou em gols, nem em muitas chances claras. Por quase 40 minutos, pareceu faltar criatividade e repertório ao time, que se repetia na criação das jogadas e errava mais passes do que a sua média. Além disso, algumas peças do setor ofensivo, como Sasha e Nathan, tiveram atuação apagada.

Quando conseguiu criar lances de perigos nos últimos minutos, faltou eficiência ao Atlético, que também parou no brilho de Luan Polli. Ele evitou o gol de Savarino em um chute forte de fora da área, que também acertou a trave, e em duas tentativas de Keno. Assim, o primeiro tempo terminou sem gols.

O confronto de ataque contra defesa se repetiu no segundo tempo, assim como o brilho de Luan Polli. Foi ele que parou o ataque atleticano duas vezes no mesmo lance, com Keno e Franco, aos 12. E, na jogada seguinte, o travessão evitou o gol de Sasha.

Só que não era uma boa noite do time, que não conseguia achar espaços na defesa do Sport, com a sua "blitz" parando nisso. Pior: foi se enervando e ampliando os erros. E nem a estreia do recém-contratado Zaracho fez o time crescer na parte final do jogo.

O Sport, então, até começou a sair para o campo de ataque, tendo finalizado pela primeira vez na partida aos 37 minutos. Acabou sendo suficiente para deixar Belo Horizonte com um ponto.

FICHA TÉCNICA:
ATLÉTICO-MG 0 x 0 SPORT

ATLÉTICO-MG – Everson; Guga, Alonso e Réver e Guilherme Arana; Jair, Franco (Zaracho) e Nathan; Savarino, Sasha (Marrony) e Keno. Técnico: Jorge Sampaoli.

SPORT – Luan Polli; Patric, Rafael Thyere, Chico, Adryelson e Raul Prata (Junior Tavares); Marcio Araújo (Ronaldo Henrique), Ricardinho (Marcos Serrato), Lucas Mugni e Thiago Neves (Marquinhos); Leandro Barcia. Técnico: Jair Ventura.

ÁRBITRO – Paulo Roberto Alves Junior (PR).

CARTÕES AMARELOS – Jorge Sampaoli e Keno.

LOCAL – Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

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