Esportes

Atleta acusa ex-técnico da seleção de polo aquático de assédio, confirma COB

A jogadora da seleção brasileira de polo aquático Melani Dias, de 27 anos, apresentou uma denúncia de assédio contra André Avallone, ex-técnico do time nacional feminino da modalidade, ao Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

A informação foi revelada pelo colunista Lauro Jardim, no jornal o Globo, e foi confirmada pela reportagem do Estado neste domingo em contato com o presidente do Conselho de Ética do COB, Alberto Murray Neto.

Avallone, de 37 anos, atualmente no Sesi-SP, teria convidado Melani a ir ao seu quarto em um hotel onde a seleção brasileira ficou concentrada durante uma viagem. E, de acordo com a atleta, o treinador manifestou o desejo de ter relações sexuais com ela.

Ao ser questionado pelo Estado, Alberto Murray Neto apenas confirmou que houve a denúncia contra Avallone, mas enfatizou que “não pode comentar nada sobre o assunto porque o caso tramita em sigilo”.

Avallone assumiu o comando da seleção feminina de polo aquático em 2018, mas deixou o cargo em janeiro passado após a conquista do título da Copa Uana da modalidade, em janeiro.

Ainda não foi revelado quando teria ocorrido o suposto caso de assédio, assim como a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) disse que o seu comitê de integridade está investigando esta denúncia contra o ex-treinador da seleção.

Melani Dias ainda não se pronunciou publicamente sobre a acusação e o Sesi-SP informou que vai aguardar o esclarecimento do caso, por parte dos órgãos competentes, para depois avaliar a possibilidade de tomar alguma possível medida em relação ao técnico.

No último domingo, quase um ano após vir à tona uma série de denúncias de abuso sexual envolvendo o seu nome, o ex-treinador da seleção brasileira masculina de ginástica artística Fernando de Carvalho Lopes foi banido do esporte.

A decisão foi tomada pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Ele recebeu acusações de abuso sexual e assédio moral feitas por atletas que trabalharam com o técnico na seleção brasileira e no Clube Movimento de Expansão Social Católica (Mesc), de São Bernardo do Campo (SP). Além do banimento do esporte, o ex-técnico da seleção também foi multado em R$ 1,6 milhão.

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