O Atlético Goianiense preferiu não “aniquilar” a carreira de Marcelo Cabo e mantê-lo como treinador do clube mesmo após seu polêmico desaparecimento na última segunda-feira. A diretoria acionou a polícia depois de Cabo ficar mais de 36 horas sem dar notícias e faltar a um treino. Após atrair a atenção de todo o País, Cabo foi localizado em um motel.
“Acho que foi um caso muito grave. Uma pessoa pública tem que ter suas responsabilidades. Mas pensamos no lado humano”, disse Adson Batista, diretor de futebol e vice-presidente do Atlético-GO, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, em Goiânia.
A decisão veio após uma conversa entre a diretoria e Marcelo Cabo, quando ele se explicou sobre o incidente. Não há informações sobre o que teria feito o treinador passar o domingo e boa parte da segunda-feira incomunicável, faltando ao treino que deveria comandar na segunda-feira.
Agora que se sabe que Cabo deixou de realizar seu trabalho porque estava em um motel, enquanto a polícia buscava informações sobre seu paradeiro, o Atlético ficou em situação embaraçosa. Temia-se que o técnico perdesse o comando do vestiário, mas Batista garante que os atletas apoiaram o treinador.
“O grupo foi unânime em abraçar o Marcelo. Vamos dar todo apoio. Ele sabe que errou e está arrependido. Não poderíamos tomar uma decisão diferente. Não poderíamos aniquilar a carreira dele”, argumentou o diretor.
Pesou também, claro, o histórico. Cabo foi o treinador responsável por levar o Atlético Goianiense ao título da Série B do Campeonato Brasileiro, garantindo o clube não só na elite nacional em 2017 como nas oitavas de final da edição deste ano da Copa do Brasil.