Agora não há mais o que se iludir ou sonhar: o Atlético Goianiense está rebaixado, de forma matemática, para a Série B em 2018, onde no ano passado sagrou-se campeão. Era já um fato esperado para um time que passou 35 rodadas dentro da zona do rebaixamento, com exceção da sétima rodada. Tudo foi sacramentado com o empate com a Chapecoense por 1 a 1, neste domingo, no estádio Olímpico Pedro Ludovico, em Goiânia, pela 36.ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Na lanterna com apenas 34 pontos, só vai cumprir tabela nas últimas duas rodadas. Isso porque na próxima rodada vão se enfrentar, em Campinas (SP), Ponte Preta (39) e Vitória (40). A certeza é de que no próximo ano vai ter pela frente na Série B seus dois maiores rivais goianos: Goiás e Vila Nova. A Chapecoense manteve a sua boa fase e chegou aos 48 pontos, em posição intermediária.
Agora há oito jogos sem perder e já livre da ameaça do rebaixamento, a Chapecoense adotou uma estratégia inteligente. Esperou na defesa para sentir a força do adversário para depois ir ao ataque. Tanto que o Atlético Goianiense, precisando da vitória para não cair matematicamente, foi ao ataque. Mas faltou eficiência nas finalizações.
A primeira chance foi com o zagueiro William Alves, aos 17 minutos, quando ele apareceu na pequena área e dividiu com o goleiro Andrei, mas não conseguiu finalizar. A outra oportunidade foi com Diego Rosa, que invadiu a área pelo lado esquerdo, porém ficou sem ângulo. Preferiu cruzar rasteiro, mas ninguém apareceu para empurrar a bola para as redes.
Mas quando atacou o time catarinense foi mortal. Aos 35 minutos marcou seu gol, após escanteio em curva cobrado por Reinaldo e com o desvio de cabeça de Túlio de Melo. Dois minutos depois, o time atleticano voltou a errar na finalização. Após cruzamento da direita, Diego Rosa desvio com o pé direito, mas para fora.
O segundo tempo não mudou. A Chapecoense logo teve duas chances. Uma com Apodi, pela direita, e outra pela esquerda com João Pedro. Em ambas o goleiro Klever espalmou. Na frente, Diego Rosa errou mais duas vezes para fora. Aos 28 minutos surgiu a melhor chance do time da casa com um peixinho de Andrigo, que Jandrei saltou para espalmar a escanteio.
Enquanto o Atlético Goianiense fazia alterações ofensivas, o técnico Gilson Kleina reforçava a marcação, colocando volantes descansados como Lucas Marques e Lucas Mineiro. O time goiano não criava e quase o mais incrível aconteceu aos 39 minutos. Dentro da área, na indefinição entre Amaral e Fabrício, este último tentou colocar a bola para escanteio, mas chutou forte na trave direita de Jandrei. Seria um gol contra.
Depois do susto, nada mais deveria acontecer. Mas o Atlético Goianiense empatou. Após passe de Jeferson Nem, já dentro da área, Luiz Fernando bateu rasteiro e de virada, deixando tudo igual. Isso aos 45 minutos.
Agora o Atlético Goianiense só cumpre tabela nas últimas duas rodadas. No próximo domingo pega o Grêmio, em Porto Alegre, e depois recebe em Goiânia o Fluminense. A Chapecoense, atrás de pontos, vai sair diante do Bahia e fecha a temporada contra o Coritiba, na Arena Condá, em Chapecó (SC).
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-GO 1 x 1 CHAPECOENSE
ATLÉTICO-GO – Klever; Jonathan (Marcão Silva), William Alves, Gilvan e Breno Lopes; André Castro, Igor (Jeferson Nem), Andrigo, Jorginho e Luiz Fernando; Diego Rosa (Alyson). Técnico: João Paulo Sanches.
CHAPECOENSE – Jandrei; Apodi, Douglas, Fabrício Bruno e Reinaldo; Amaral, Moisés Ribeiro, Luiz Antonio (Lucas Marques) e João Pedro (Lucas Mineiro); Arthur Caíke e Túlio de Melo (Rodrigo Pelezinho). Técnico: Gilson Kleina.
GOLS – Túlio de Melo, aos 35 minutos do primeiro tempo; Luiz Fernando, aos 45 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Jonathan, Jorginho, Willian Alves e Marcão Silva (Atlético-GO); Túlio de Melo e Lucas Mineiro (Chapecoense).
ÁRBITRO – Dewson Fernando Freitas (Fifa/PA).
RENDA – R$ 14.835,00.
PÚBLICO – 1.243 pagantes (2.280 no total).
LOCAL – Estádio Olímpico Pedro Ludovico, em Goiânia (GO).