Movimentações financeiras entre assessores do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares Alves, entraram na mira da Polícia Federal no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o financiamento de atos antidemocráticos.
A delegada Denisse Dias Ribeiro fez perguntas sobre o tema ao tomar o depoimento da ex-secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do ministério, Sandra Terena, mulher do jornalista e blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio. As informações foram publicadas pelo jornal <i>O Globo</i> e confirmadas pelo <b>Estadão</b>.
A PF questionou Sandra sobre repasses de Eustáquio a quatro funcionários do ministério e também sobre o pagamento que uma funcionária da pasta fez pelo aluguel de um imóvel onde Sandra Terena e o marido moravam em Brasília.
Em resposta, Sandra justificou que parte dos valores eram empréstimos, mas não respondeu a um questionamento sobre se as contas dela eram pagas por essa funcionária do ministério. Sandra negou que tenha alimentado com informações internas do ministério grupos que organizaram atos contra as instituições.
<b>Abrace o Marajó</b>
Mais cedo, Damares destacou que o programa Abrace o Marajó conta com a participação de 16 ministérios e que nenhum corrupto vai colocar o dedo na iniciativa. Nesta sexta, 9, ministros e o presidente Jair Bolsonaro participaram da apresentação de ações da programa em evento realizado em Breves, na Ilha do Marajó, no Pará.
"Os ministros que estão envolvidos com esse programa, são 16 ministérios. Nós temos um comitê de ministros e a gente vai mandar um recado: corrupto não vai colocar o dedo neste programa. Nós vamos acompanhar a execução de cada ação", declarou. Com a fala, ministra endossa o discurso de Bolsonaro de que seu governo não tem casos de corrupção.