Variedades

Autor que conta contos e aumenta pontos

"Aconselho-te Crueladade", de Fernando Fábio Fiorese, é uma publicação da Editora Nankin/SP

"Aconselho-te Crueldade" é um livro de contos nascido das entranhas de Minas. Nesta obra, o autor Fernando Fábio Fiorese, contando contos, sempre aumenta pontos, positivos. O livro, que traz o selo da Editora Nankin Editorial e da Funalfa Edições, é fruto de uma importante Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei Murilo Mendes, de Juiz de Fora/MG. A orelha, bem puxada pelo professor da USP, Valentim Facioli, descreve e apresenta, com muita propriedade, a obra e a trajetória do autor.

As 160 páginas de "Aconselho-te Crueldade" são uma viagem repleta de paisagens e personagens. Títulos como A Viagem, Duas irmãs e A palavra em Torno valem como um convite ao leitor, que precisa estar atento, uma vez que se trata de um livro para viajantes perspicazes. Afinal, como bem afirma Facioli, "Fernando Fiorese é um sujeito muito lido, culto, informado e criativo". Ele ainda pontua, sobre a obra que "é um livro de contos que quadra à perfeição no terreno algo perplexo sondado por Mário de Andrade, especialmente nas questões de forma".

Mas, como definir um conto? Descobriremos, ou redescobriremos nas desdobraduras de Fiorese? Nesse sentido, na orelha do livro, Facioli nos lembra Mário de Andrade, quando este, ao tentar definir o que é um conto, desabafou: "inábil problema de estética literária". E será sempre conto aquilo que seu autor batizou com o nome de conto. Não é um problema a definição. Concordamos e conto!

E, se é verdade que quem conta um conto aumenta um ponto, podemos desconfiar deste livro, já que o autor aumenta muitos pontos.

Nascido em Pirapetinga, Zona da Mata de Minas, o poeta e contista Fernando Fiorese já publicou diversos livros. Em 1982, Leia, não é cartomante. Em seguida, Exercícios de Vertigem & Outros Poemas (1985), e Ossário do Mito, em 1990. Em 2000, participou da antologia Dançar o Nome, e, em 2002, tem toda sua produção poética reunida em Corpo Portátil. Em 2003, publicou Dicionário Mínimo: Poemas em Prosa, além do livro de ensaios Murilo na Cidade: Os Horizontes Portáteis do Mito. No ano de 2008 é publicado o longo poema Um Dia o Trem, no livro de título homônimo.

 

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