O pagamento do auxílio emergencial alcançou menos domicílios em setembro, mas o valor médio recebido não caiu na mesma proporção que o valor do próprio auxílio pago à população. O auxílio emergencial chegou a 29,9 milhões de domicílios em setembro, ante 30,1 milhões em agosto. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A proporção de domicílios que recebeu algum auxílio relacionado à pandemia diminuiu de 43,9% em agosto para 43,6% em setembro.
"Em relação à proporção de domicílios, pode ser uma variação amostral também, pra gente é igual (estatisticamente)", afirmou Maria Lucia Vieira, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
O valor médio do benefício recebido foi de R$ 894 por domicílio em setembro, ante R$ 908 em agosto. O auxílio pago pelo governo desceu de R$ 600 em agosto para R$ 300 em setembro.
Na pesquisa, os auxílios pesquisados incluem não apenas o auxílio emergencial, mas também a complementação do governo pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, o que ajudava a explicar a incidência de recebimento de benefício entre domicílios com renda mais elevada.
"A gente não tem só auxílio aqui. A maior parte é auxílio, mas não é só ele", disse Maria Lucia. "Tenho aqui a primeira semana de coleta, a segunda semana também. Pode ser que não tinham recebido ainda o valor efetivamente de R$ 300 em setembro. Mas não tenho esse indicador por semana", justificou.
Na Região Norte, 59,8% dos domicílios recebiam algum tipo de auxílio, enquanto essa fatia era de 58,8% no Nordeste.