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AVALIAÇÃO – Para oferecer cabine dupla, VW Saveiro Extreme perde espaço na caçamba

Ernesto Zanon – Do Carro Express / Edição de imagens: Danilo Sanches

A Volkswagen Saveiro é uma picape compacta que está no mercado desde o início dos anos 80. Ela já estava quase esquecida. Mas ganhou sobrevida no ano passado em mais uma renovação para cumprir difícil tarefa de brigar com a líder Fiat Strada. Houve algumas mudanças pequenas no visual e readequação das versões.

Nesta avaliação, a top Saveiro Extreme, a única que é cabine dupla, que traz alguns equipamentos a mais, mas ainda mantém certas limitações que a deixam em desvantagem frente a concorrência. São só duas portas e espaço bem restrito para quem vai no banco de trás. Aliás, isso é um mal insanável, presente também na Strada, mas que pelo menos conta com portas traseiras. Oferece apenas o motor 1.6 aspirado e tem só opção de câmbio manual.

De cara, dá para perceber que a Saveiro pode sobreviver melhor para quem a deseja para o trabalho, na versão cabine simples apenas para motorista e mais um passageiro. Afinal, é difícil acessar o banco traseiro e quase impossível ir lá atrás. Por ser cabine dupla, a caçamba é menor, deixando menos espaço para cargas. Em vez de 1.024 litros, você levará somente 645.

Tirando essas observações iniciais, vamos ao que a Saveiro Extreme apresenta de melhor nesta linha 24. Tem um novo capô, mais alto e com vincos marcados, que dão a ela uma cara mais robusta. O parachoque dianteiro melhorou o ângulo de entrada e deu maior destaque para a grade junto com novos faróis, ainda halógenos e com luz diurna.

Alguns detalhes tentam dar um requinte maior a esta Saveiro. Os bancos são em couro e tem um novo grafismo no painel. Conta com equipamentos interessantes, antes disponíveis na versão Cross descontinuada, como controles de tração e estabilidade, banco do motorista com regulagem de altura, protetor de caçamba, bagageiro no teto, iluminação na caçamba.
Há rodas de liga leve de 15″ com acabamento diamantado, santantonio, capota marítima, central multimídia com tela de 6,5″ com Android Auto e Apple Car Play por fios, volante multifuncional em couro, bancos em couro, regulagem de altura e profundidade da coluna de direção, monitor de pressão dos pneus, bloqueio eletrônico de diferencial, 4 alto-falantes e 2 tweeters e pedaleiras esportivas.
A unidade avaliada ainda estava equipada com o Pacote Tech, único opcional da versão Extreme. Ele custa R$ 2.160 e adiciona controle de descida com função off-road, controle de cruzeiro, retrovisor interno fotocrômico, acendimento automático de faróis e sensor de chuva. No final das contas, o preço fica perto dos R$ 120 mil. Aí que fica difícil encarar a Strada, já que oferece por valor parecido versão com motor 1.0 turbo e câmbio automático com um pouquinho só a mais.
Para finalizar, o velho e bom motor 1.6 16V MSI. Entrega até 116 cv de com etanol e garante uma dirigibilidade muito boa para quem quer encarar tanto a cidade como a estrada. O câmbio manual de 5 marchas bem justinho facilita as trocas e dificilmente deixa o motorista na mão. Vai de 0 a 100 km/h em 10,2 segundos com etanol e 10,8 segundos com gasolina, alcançando velocidades máximas de 178 km/h e 174 km/h, respectivamente.
No fim das contas, o desempenho agrada, já que a plataforma é boa, a carroceria é firme e a suspensão traseira se apresenta bem. Passa segurança ao motorista, apesar de ainda oferecer a direção ainda hidráulica e não elétrica, o que a deixa mais pesada.

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