Nestes 20 e poucos dias que faltam para as eleições, o clima eleitoral toma conta de vez das ruas e avenidas de Guarulhos. Além dos cavaletes, principal instrumento de campanha, que tomaram os espaços públicos no primeiro mês de campanha, agora os cabos eleitorais empunhando bandeiras ocupam as calçadas, canteiros centrais e cruzamentos principais tanto da região central, como dos bairros.
Coisa de Guarulhos
Em São Paulo, muito diferente do que acontece em Guarulhos, onde os carros de som dos mais diversos candidatos, estão nas ruas desde o início de agosto, a propaganda sonora ainda é quase imperceptível. Um importante estrategista de campanha ao Governo do Estado revela que esse tipo de propaganda é mais apropriada em municípios do Interior, onde os carros de som são mais assimilados pela população. Ou seja, Guarulhos, apesar de ser o segundo maior município do Estado, é comparada com cidades menores por não contar com uma mídia forte.
Hora da decisão
Esses mesmos estrategistas eleitorais analisam que não há nada decidido nas eleições de 5 de outubro, avaliadas como as mais estranhas realizadas até hoje. A população ainda não tomou sua decisão e ainda se mostra um tanto arredia em relação à política partidária. A própria audiência do horário político na TV e rádio é considerada baixa em relação a eleições anteriores. Ou seja, até aqui, as campanhas mexeram mais com o meio político propriamente dito do que com os eleitores em geral.
Consolidação dos votos
Diante dessa constatação, por mais que as pesquisas divulgadas até aqui, principalmente para presidente e governador de São Paulo, ninguém quer cantar vitória ou ida ao segundo turno antes da hora. Por mais que o governador Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo, apareça com a preferência de cerca da metade do eleitorado nos números do Ibope e Datafolha, a ordem do comando é intensificar a campanhar para garantir a vitória no primeiro turno. Da mesma forma, candidatos em baixa nas pesquisas como Alexandre Padrilha (PT), que tenta o Governo de SP, e Aécio Neves (PSDB), que buscam a Presidência, não vão jogar a toalha de forma alguma. Todos acreditam que é possível virar o jogo e se habilitar, pelo menos, ao segundo turno.