Estadão

Bangladesh pede ajuda da China para repatriar refugiados rohingyas

Bangladesh pediu, neste domingo, a cooperação da China para repatriar refugiados rohingyas para Myanmar durante uma visita do ministro das Relações Exteriores Wang Yi ao país. No encontro, Yi prometeu melhores laços comerciais, investimentos e apoio ao desenvolvimento de infraestrutura nos países do sul da Ásia.

Yi chegou a Dhaka no sábado à noite e se encontrou com o primeiro-ministro Sheikh Hasina e o ministro das Relações Exteriores A.K. Abdul Momen. Eles discutiram questões bilaterais e globais antes de sua partida na manhã de domingo, disse Shahriar Alam, ministro de Relações Exteriores de Bangladesh. Neste domingo, Yi disse a Hasina, durante uma ligação de cortesia, que seu país considera Bangladesh como um "parceiro de desenvolvimento estratégico" e continuaria a apoiá-lo.

Yi concordou, ainda, em expandir os benefícios comerciais com o país aumentando para 99% a isenção de impostos de produtos e serviços de Bangladesh aos mercados chineses. Também neste domingo, Bangladesh e China assinaram ou renovaram quatro acordos e memorandos de entendimento sobre gestão de desastres, infraestrutura e intercâmbios culturais.

Bangladesh tem relações fortes com a China, que é um importante parceiro comercial principalmente para matérias-primas. Mas manter laços estreitos com Pequim é um desafio para o país, que também equilibra as relações diplomáticas e comerciais com a Índia e os Estados Unidos, principais concorrentes do gigante asiático.

Em meio a tensões recentes entre China e Taiwan, Bangladesh emitiu um comunicado reiterando seu apoio à política de "uma só China". Depois de vencer as eleições em 2008, a administração de Hasina fechou o escritório de representação empresarial de Taiwan em Dhaka em resposta a um pedido da China e, desde então, a China aumentou seu envolvimento em Bangladesh.

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