Política

Base aliada aposta no arquivamento de processo contra Almeida

A Câmara Municipal decide nesta quinta-feira, 05, o futuro do prefeito Sebastião Almeida (PT) sobre sua continuidade ou não até o final de seu mandato, que se expira em 31 de dezembro deste ano, no Paço Municipal. O mandatário é alvo de denúncias que podem levar à cassação de seu mandato, porém, seus aliados na Casa de Leis acreditam na composição da base que defende os interesses da Administração para mantê-lo no cargo.

Para livrar-se da interrupção de seu trabalho a sete meses de encerrar o seu ciclo após oito anos à frente da Prefeitura, Almeida precisa que ao menos 15 parlamentares votem contrário a formação da Comissão Processante, próximo passo do rito de cassação. Aliás, a continuidade somente se deu após o vereador Geraldo Celestino (PSDB) garantir na Justiça, por meio de mandado de segurança, o prosseguimento normal da mesma depois que o vereador e presidente da Câmara, Professor Jesus (DEM), aceitar a denúncia e dias depois voltar atrás.

“É obvio que os vereadores têm autonomia sobre os seus votos, mas nós temos a maioria. O que eu espero é que os vereadores que estão na base exerçam o seu compromisso que não é de hoje. O governo do Almeida está terminando e espero que termine em paz. As denúncias, todos nós sabemos que são em cima de coisas que já passaram ou estão na Câmara, então, não vejo motivos para nos preocuparmos”, disse o vereador e líder do governo na Câmara, Samuel Vasconcelos (PT).

Já o vereador Heleno Metalúrgico (PDT), que ao longo da legislatura deixou a base governista por divergências com o próprio Governo, acredita que a votação do relatório elaborado pela Comissão Especial, que está a cargo do vereador e ex-secretário de Cultura, Edmilson Souza (PT), será acirrada. A oposição deve contar com os votos dos partidários do DEM, PSDB, PDT e possivelmente o PMDB, já que no último domingo, 01, confirmou aliança com o prefeiturável dos Democratas, Eli Corrêa Filho.

“Tem muita gente (sem revelar nomes) que está propenso a votar a favor do impeachment”, limitou-se a dizer o representante pedetista. Já Geraldo Celestino, entende que será difícil os oposicionistas conseguirem os 20 votos necessários para seguir com o processo processante. “Não sei. Se for pela votação, até agora, não passa. Espero que passe, mas acredito que fica do jeito que está”, concluiu sem revelar maiores informações.

 

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