Um movimento com finalidade política, capitaneado pela base de apoio ao prefeito Lucas Sanches (PL) na Câmara Municipal de Guarulhos, deverá contrariar a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo, que aprovou as contas da Prefeitura de 2022 e 2023, sob gestão do então prefeito Guti (PSD). A Comissão de Finanças da Casa, que tem o vereador Geraldo Celestino (Mobiliza) como presidente, fez um relatório que não considerou a decisão final do Tribunal, sugerindo a reprovação das contas de 2023.
Já as contas de 2022, que foram aprovadas pelo TCE e têm parecer favorável na Câmara, também poderão ser reprovadas. Os temas estão na pauta do Legislativo desta segunda-feira, 1.
Se a decisão da Comissão de Finanças, sob comando da base de Lucas, prosperar, a Câmara poderá contrariar o TCE pela primeira vez nos últimos anos. Todas as contas anteriores de Guti, entre 2017 e 2021, foram aprovadas pelos vereadores, muitos dos quais estão hoje na base do Governo, sem qualquer ressalva.
“Sempre conseguimos a aprovação de nossas contas junto ao TCE, o que demonstra a seriedade na condução da Prefeitura em todos os anos de nossa gestão. Se houvesse qualquer irregularidade, as contas seriam rejeitadas, o que não ocorreu em um ano sequer. Todas foram aprovadas tanto pelo Tribunal como pela Câmara”, afirmou Guti. Para o ex-prefeito, a rejeição neste momento se dá por questões político-partidárias. “Será uma decisão política, que deverá ser revertida na Justiça”, completou.
Já em 2024, quando as contas de 2021 foram aprovadas pela Câmara, o atual prefeito, que era vereador, foi um dos únicos a votar contra a aprovação das contas de Guti, numa demonstração de que existe um caráter político na decisão deste ano. Já como candidato a prefeito pelo PL, Lucas Sanches contrariou a decisão do TCE e votou contra.


