Os senadores da base do presidente em exercício Michel Temer foram orientados a não fazer perguntas para a segunda testemunha da defesa, o ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura André Nassar. As testemunhas desta terça-feira, 14, foram convidadas a falar sobre a operação de crédito realizada entre o governo e o Banco do Brasil, referente ao Plano Safra.
Por enquanto, apenas senadores aliados de Dilma têm feito questionamentos à testemunha. A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) argumentou que a testemunha não teria condições de responder às perguntas por não ser advogado e nem ter trabalhado no Banco Central.
Os aliados do governo querem evitar que a sessão se estenda e aproveitar para acelerar o processo. Terça-feira é dia de sessão deliberativa no Senado e, caso se inicie alguma votação no plenário da Casa, a comissão vai precisar interromper seu trabalho.
Por precaução, a base de Temer adotou a estratégia de não fazer perguntas para encurtar a sessão. O objetivo é encerrar a sessão todos os dias antes da abertura de votações no plenário do Senado, evitando atrasos no calendário.
Na madrugada desta terça, o governo Temer sofreu uma derrota no processo de impeachment quando o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, aceitou o recurso da defesa para garantir uma perícia. O procedimento pode atrasar o calendário do impeachment.