BC dos EUA fala em ter que fazer mais nos campos monetário e fiscal

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, defendeu que mais medidas sejam tomadas nos campos fiscal e monetário para sustentar a recuperação da economia, em meio à crise provocada pelo coronavírus. "Retomada deve nos levar a níveis menores do que os registrados antes da pandemia", projetou, em audiência virtual no Senado dos Estados Unidos.

Powell deixou claro que não está em posição para opinar sobre a maneira como o governo deve levar a questão fiscal, mas argumentou que, embora as ações anunciadas até agora tenham sido positivas, será preciso fazer mais. "Em longo prazo, estou confiante de que recuperação será completa", salientou.

O líder do Fed classificou a leitura de maio do Payroll como a "maior surpresa na área dos dados econômicos já registrada". No entanto, ele reconheceu que o indicador, na superfície, esconde alguns reflexos da desigualdade nos EUA, sobretudo na questão racial. Além disso, Powell prevê que trabalhadores no setor de serviço terão mais dificuldades para encontrar vagas. "Pessoas com dificuldades para encontrar trabalhos precisarão de mais apoio", disse.

Sobre o avanço da dívida pública, o dirigente afirmou que o tema deve ser abordado em momentos de expansão econômica e que, na conjuntura atual, o tema não é prioritária. "A dívida está em caminho insustentável", analisou, acrescentando que vê necessidades de programa voltado ao mercado imobiliário residencial.

Powell não acredita que o aumento do balanço patrimonial do Fed seja inflacionário. "Em médio prazo, não vemos impulsos à inflação", disse. Ele também lembrou que, no dia 25 de junho, a instituição divulgará os testes de estresse para bancos.

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