Economia

BC volta a acionar bateria de leilões para conter o câmbio nesta terça-feira

A aceleração da alta do dólar no fim da tarde desta segunda-feira, 28, sem que houvesse motivo novo para isso, fez o Banco Central anunciar novas operações de swap e de linha para amanhã. A instituição esperou os negócios fecharem para divulgar a realização de uma operação de swap de até US$ 1 bilhão e duas vendas com recompra de até US$ 2 bilhões. Ao todo, serão US$ 3 bilhões em dinheiro novo no mercado. Por isso, a tendência é de que o dólar abra com viés de baixa nesta terça-feira.

Durante a sessão de hoje, operadores citavam a possibilidade de o Banco Central voltar a intervir nos negócios, em especial durante a tarde, quando a moeda se distanciou do patamar de R$ 4,00. Operadores lembravam que especuladores que, na quinta-feira passada, haviam conduzido a moeda americana para perto dos R$ 4,25 continuavam na ativa, puxando as cotações. E isso sem que tivessem surgido notícias na área política que justificassem uma aceleração.

Como o dólar no balcão encerrou nos R$ 4,080 (alta de 2,80%), novamente acima dos R$ 4,00, o BC aparentemente decidiu não deixar a pressão aumentar ainda mais amanhã. Por isso, anunciou os US$ 3 bilhões extras, ainda que esta terça-feira seja o penúltimo dia do mês – véspera da definição da ptax que liquidará os derivativos que vencem em outubro e, por isso, quando a disputa entre comprados e vendidos pela taxa tende a se acirrar.

Vale lembrar ainda que, na quarta-feira, quando a ptax será determinada, o BC por tradição tende a não atuar via leilões, justamente para não influenciar a disputa final pela taxa. Resta saber se, em um ambiente de alta pressão, será possível ao BC apenas observar os negócios.

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