Opinião

Bicicletas motorizadas, um perigo iminente nas ruas

A frota de veículos de Guarulhos superou, em maio, a marca de meio milhão, conforme dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Ao todo são 336.284 carros de passeio, 20.326 caminhões, 5.384 caminhão trator, 28.693 caminhonetes, 18.188 caminhonetas, 3.838 micro-ônibus, 66.009 motocicletas, 6.869 motonetas e 3.636 ônibus, entre outros.


No entanto, no meio deste  turbilhão de veículos, os órgãos oficiais ainda não se deram conta das imprudências proporcionadas pelos “pilotos” de bicicletas motorizadas, que vêm tomando as ruas da cidade e colocando não apenas motoristas em situação de  perigo, mas também os pedestres. Nos últimos anos Guarulhos verifica uma verdadeira invasão dessas bicicletas motorizadas que estão cada vez mais sendo conduzidas por adolescentes. Geralmente são dirigidas por jovens, ou até mesmo adultos, sem que nenhuma legislação ou sinalização de trânsito seja respeitada.


Aí que entra o problema. De acordo com o Detran, esses veículos não poderiam ser  pilotados por adolescentes. Isso fica claro com base nas normas do departamento estadual, que determina que os proprietários de ciclomotores abaixo de 50 cilindradas – casos dessas bicicletas – precisam de uma autorização para conduzir ciclomotor (ACC), que é expedida pelo órgão, na Capital, e pelas Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans), nas demais cidades.


No entanto, o problema é mais sério, já que não existe nenhuma fiscalização específica nesse sentido nem mesmo uma regulamentação mais abrangente. Já o registro e o licenciamento de veículos ciclomotores devem obedecer a regulamentação específica de cada município. No entanto, tal regulamentação é inexistente na maioria das cidades, inclusive em Guarulhos.


Resta saber até quando os órgãos públicos vão fechar os olhos para essa situação. O fato é que o número de veículos vendidos no segmento aumenta e o perigo se torna mais próximo. A regulamentação se torna necessária após alguns episódios envolvendo condutores de bicicletas motorizadas e policiais, que não sabiam como tratar o veículo que não se enquadra numa legislação específica. Afinal, o PM não pode autuar, não pode se fazer nada com relação a infrações.

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