O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lamentou nesta quinta-feira, 26, a morte de civis afegãos e também de militares norte-americanos, em um duplo atentado ocorrido em Cabul, perto do aeroporto da capital do Afeganistão. Durante entrevista coletiva, ele qualificou os agentes "que deram sua vida hoje" como "heróis, pois salvavam outras vidas".
Com uma voz que chegou a ficar embargada em um momento de sua fala, Biden garantiu que os EUA não esquecerão nem perdoarão o episódio. "Faremos os responsáveis pagar", garantiu, enfatizando também que continuará a operação para retirada de pessoal do país até o dia 31, como previsto até então.
O Pentágono confirmou a morte de 12 soldados norte-americanos no episódio, com outros 15 feridos.
Segundo a <i>BBC</i>, há ao menos 60 mortos e 160 feridos nos ataques desta quinta, no total.
Biden garantiu que "os terroristas não vencerão" e atribuiu a violência ao braço local do Estado Islâmico.
Ele disse que os EUA não confiam no Taleban, mas que este grupo tem interesse em apoiar a missão atual de retirada. Também afirmou que, se os militares norte-americanos precisarem de força adicional no Afeganistão, ele apoiará isso, mas notou que a avaliação das lideranças das Forças Armadas não é de elevar o pessoal no país.
Durante a coletiva, Biden chegou a lembrar da morte do próprio filho, Beau, em 2015. Após ter servido no Iraque, Beau sofreu um câncer no cérebro. Ainda antes de assumir a presidência, Biden já relacionou a doença do filho à fumaça oriunda da queima do lixo em bases militares americanas durante o período em que Beau serviu nas Forças Armadas.