Estadão

Bloquear espaço aéreo ucraniano para Rússia levaria a guerra maior, diz Blinken

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reforçou nesta segunda-feira, 7, que os Estados Unidos não têm intenção neste momento de, junto a aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), decretar o bloqueio do espaço aéreo da Ucrânia para Rússia. .

"A zona de exclusão aérea significaria que os aviões russos teriam de ser abatidos. Com isso, haveria um risco considerável de criar um conflito direto entre nossos países e a Rússia. Essa é guerra muito maior que ninguém quer, incluindo a Ucrânia", disse Blinken, em coletiva à imprensa.

O secretário reiterou que os EUA estão comprometidos a defender "cada centímetro" de território da Otan. "Nossos esforços são para acabar com a guerra", afirmou. "O que não queremos fazer é ampliar o conflito para outros territórios e outros países."

Blinken disse ainda que todas as questões estão sendo trabalhadas dentro da Otan, "o que é vital". Ele reforçou o apoio dos EUA à Ucrânia. "Ao longo do último ano, investimos mais de US$ 1 bilhão em assistência de segurança à Ucrânia. Nas últimas semanas, Biden permitiu o acréscimo de US$ 350 milhões para defesa ucraniana e, em uma semana, cerca de 70% do volume já está nas mãos dos ucranianos."

Os EUA estão ainda revisando a postura global no uso de forças, incluindo na Europa, mas nenhuma decisão foi tomada até o momento, disse o secretário.

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