Economia

Boa Vista: inadimplência do consumidor sobe 8% em novembro

A taxa de inadimplência dos consumidores brasileiros subiu 8,0% em novembro em relação a outubro, na série com ajuste sazonal, de acordo com a Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). No acumulado dos onze primeiros meses do ano, a alta registrada é de 2,3%. Em 12 meses, o aumento é de 2,0%. Em relação a novembro de 2013, o avanço é de 3,5%. A pesquisa mostra ainda que o valor médio das dívidas registradas em novembro foi de R$ 1.216,42.

Ao avaliar apenas o comportamento da inadimplência no varejo, o levantamento indica que houve elevação da taxa apenas em novembro ante outubro. Na margem, a inadimplência no setor subiu 5,0%. A alta foi puxada pelo aumento nas regiões Norte (14,7%), Centro-Oeste (8,7%) e Sudeste (6,6%). Nesta base comparativa, o indicador permaneceu estável no Sul (0%) e teve leve recuo no Nordeste (-0,1%). Tanto no acumulado do ano como no em 12 meses, a inadimplência no varejo caiu 11,3%. Na base interanual, o recuo foi de 12,8%.

No geral, a Região Norte foi onde o levantamento constatou o maior alta da inadimplência, de 12,4%, na passagem de outubro para novembro. Na sequência, aparecem o Nordeste (10,1%), o Centro-Oeste (8,2%), o Sudeste (7,2%) e o Sul (6,7%), na séria com ajuste. No acumulado do ano, o Sul lidera a lista com avanço na taxa de inadimplência em 8,4%, seguido pelo Centro-Oeste (6,2%) e pelo Nordeste (2,7%). O acréscimo nas taxas foi menor no Norte (0,9%) e no Sudeste (0,4%).

Segundo a equipe econômica da Boa Vista, o nível de inadimplência no País deve sofrer pouca oscilação nos próximos meses. De acordo com a instituição, as condições de crédito mais apertadas, com maior seletividade das empresas na concessão de empréstimos, a desaceleração gradual do mercado de trabalho e as taxas de juros elevadas devem manter a dinâmica da inadimplência até o final do ano. “A expectativa é de que, até o fim de 2014, a inadimplência do consumidor mantenha o atual patamar de crescimento registrado no acumulado do ano (2,3%)”, diz a nota.

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