As principais bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta terça-feira, pressionadas por novos dados fracos da China e por preocupações com o futuro da política monetária dos EUA.
O principal índice da China continental, o Xangai Composto, recuou 1,82%, a 2.296,56 pontos, após encerrar as duas últimas sessões no maior nível em 18 meses. O Shenzhen Composto, que acompanha empresas chinesas menores, teve perda ainda mais expressiva, de 3,2%, a 1.263,04 pontos.
Após números decepcionantes de produção industrial, divulgados no fim de semana, a China informou hoje que atraiu apenas US$ 7,2 bilhões em investimento estrangeiro direto em agosto, 14% menos que um ano antes e o menor valor desde julho de 2010.
O volume de negócios em Xangai, porém, foi particularmente forte, a 237,7 bilhões de yuans (US$ 38,7 bilhões), o maior nível em quase quatro anos.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,9%, a 24.136,01 pontos, acumulando perdas pelo oitavo pregão consecutivo, na sequência de desvalorização mais longa em décadas. O Taiex, da Bolsa de Taiwan, também cedeu 0,9%, fechando a 9.133,40 pontos, influenciado por ações dos setores de tecnologia e finanças.
Outro fator que inibiu a compra de ações na Ásia foi a cautela inspirada pela reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que começa hoje e será concluída amanhã. A expectativa é que o Fed sinalize com mais clareza quando pretende começar a elevar juros nos EUA.
Entre outros mercados asiáticos pequenos, o FTSE Straits Times, de Cingapura, recuou 1,2%, a 3.272,62 pontos, mas o sul-coreano Kospi subiu 0,35%, a 2.042,92 pontos, e o filipino PSEi avançou 0,27%, a 7.180,34 pontos.
Na Oceania, o dia também foi de perdas na Bolsa de Sydney, que operou pressionada antes do anúncio do Fed. O índice S&P/ASX 200, que reúne as ações mais negociadas no mercado australiano, cedeu 0,5%, a 5.445,40 pontos, o menor nível em seis semanas.
Enquanto os EUA tendem a apertar sua política monetária, o Banco Central da Austrália afirmou hoje na ata de sua última reunião sobre juros que a estabilidade das taxas atuais do país é o “caminho mais prudente”. Com informações da Dow Jones Newswires.