Estadão

Bolsas da Europa fecham em alta, apoiadas por NY e falas do BoE e BCE no radar

As principais bolsas da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira, seguindo o movimento de rali de Wall Street. Investidores mostraram apetite por risco – com os juros dos títulos públicos operando em baixa – enquanto monitoraram falas de integrantes do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). Os dados de inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de janeiro, que serão divulgados na quinta-feira, também eram alvo de expectativa.

O Stoxx 600, índice pan-europeu, subiu 1,72%, a 473,33 pontos.

Nesta quarta, o economista-chefe do BoE, Huw Pill, afirmou em discurso que prefere uma postura cautelosa e "orientada em indicadores" para o aperto da política monetária no Reino Unido. Já Isabel Schnabel, integrante do conselho do BCE, afirmou que, se houver uma desancoragem da inflação na zona do euro, a autoridade monetária pode ter que responder, para assegurar o cumprimento do mandato de estabilidade de preços. O novo presidente do Bundesbank (o BC alemão), Joachim Nagel, também disse que o BCE poderá elevar juros neste ano se a inflação alta persistir.

"Todos os participantes do mercado estão agora tentando reunir mais informações sobre como essa reviravolta global dos bancos centrais acontecerá", disse Carsten Brzeski, chefe global de pesquisa macro do ING. "Há uma questão de como os mercados de ações se ajustarão a esse novo normal".

O FTSE 100, em Londres, subiu 1,01%, a 7.643,42 pontos. Ações da IAG (+4,67%), Antofagasta (+3,87%) e Rolls-Royce Holdings (+2,25%) estão entre os destaques.

Segundo Hewson, o foco desta semana continua a ser os números do CPI dos EUA de na quinta para janeiro. O indicador segue muito acima dos padrões normais e ajudar a avaliar o quão agressivo o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderá ser no aumento de juros, com consequente impacto nos mercados acionários. O presidente do Fed em Atlanta, Raphael Bostic, afirmou, em entrevista à <i>CNBC</i> nesta quarta, que prevê "três, talvez quatro" aumentos de juros este ano.

Da agenda de indicadores europeus, o único destaque desta quarta é a atualização da balança comercial da Alemanha. Em dezembro, as importações alemãs subiram em ritmo bem mais forte do que as exportações, gerando um superávit comercial bem abaixo das expectativas.

Em Frankfurt, o DAX subiu 1,57%, a 15.482,01 pontos.

O CAC 40, em Paris, teve alta de 1,46%, a 7.130,88 pontos.

Já o FTSE MIB, de Milão, avançou 2,72%, a 27.128,99 pontos, encerrando na máxima do dia, com papéis da Enel (2,31%), Stellantis (4,06%) e Banco BPM (8,08%) em destaque.

Nas praças ibéricas, o PSI 20 subiu 0,94%, a 5.696,59 pontos, em Lisboa, e o IBEX 35 subiu 1,98% a 8.846,40 pontos, em Madri.

<i>*Com informações da Dow Jones Newswires</i>

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