Estadão

Bolsas da Europa fecham em alta com aposta de alívio nos EUA; Airbus sobe com encomendas

As bolsas europeias terminaram a sessão em alta nesta sexta-feira, 12, após a divulgação da deflação nos preços do atacado nos EUA ampliar a possibilidade de corte da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em março. Os mercados da região conseguiram mostrar resistência à perda de fôlego em Wall Street, onde não haverá negócios na segunda-feira em virtude de um feriado. Entre as ações, as da Airbus tiveram alta forte depois de a fabricante de aviões receber, em 2023, mais do que o dobro das encomendas do ano anterior.

Nos EUA, a chance de um alívio monetário ser iniciado em março pelo Fed cresceu para 79%, segundo o levantamento mais recente da ferramenta FedWatch, do CME Group, em resposta ao PPI de dezembro.

Na zona do euro, o economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, disse que os cortes nas taxas de juros não são um tema de debate no curto prazo, segundo a <i>Reuters</i>. Na véspera, a presidente do BCE, Christine Lagarde, tinha afirmado que a "parte mais difícil" no combate à inflação provavelmente ficou para trás, e que os juros básicos começarão a ser cortados quando o BCE tiver certeza de que o ritmo de alta dos preços está retornando para a meta oficial de 2% ao ano, também segundo a Reuters.

Em Paris, o CAC-40 terminou o dia com alta de 0,95%, aos 7.458,14 pontos. As ações da Airbus subiram 3,4%, após a maior fabricante de aviões do mundo quebrar seu recorde de quase uma década de maior número de pedidos em um único ano. A empresa disse que registrou 2.319 pedidos brutos no ano passado, mais que o dobro do número de 2022 e 29,1% acima do recorde de 1.796 estabelecido em 2014.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 subiu 0,64%, aos 7.624,93 pontos. A Capital Economics projeta que as ações britânica devem mostrar um desempenho robusto neste ano em contraste com 2023, favorecidas pela fraqueza da libra esterlina e pelo entusiasmo com tecnologia de inteligência artificial, segundo nota assinada pela economista de mercado Diana Iovanel. Entre as ações individuais, as da Burberry caíram 7% após a empresa de produtos de luxo alertar para desaceleração da demanda.

No mercado de Frankfurt, o DAX avançou 0,95%, aos 16.704,56 pontos. Em Madri, o Ibex-35 ganhou 0,79%, 10.083,90 pontos.

Em Lisboa, o PSI-20 cedeu 0,79%, aos 6.537,66 pontos. As ações da Jeronimo Martins caíram 7,35%, depois de a varejista e distribuidora de alimentos anunciar desaceleração do crescimento das vendas de seus negócios na Polônia.

<i>*Com informações da Dow Jones Newswires</i>

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