Estadão

Bolsas da Europa fecham mistas após cautela em NY mitigar impulso por dados na China e BCE

As bolsas da Europa fecharam mistas nesta sexta-feira, 15, após o clima de cautela em Wall Street ter revertido parte do ímpeto positivo observado nas primeiras horas do pregão, enquanto investidores repercutiam dados fortes na China e apostavam no fim do ciclo de aperto do Banco Central Europeu (BCE).

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 0,50%, aos 7711,38 pontos; em Frankfurt, o DAX subiu 0,56%, aos 15893,53 pontos; em Paris, o CAC 40 avançou 0,96%, aos 7378,82 pontos; em Milão o FTSE MIB teve ganho de 0,08%, aos 28895,39 pontos; em Madri, o Ibex 35 recuou 0,05%, aos 9543,90 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,38%, aos 6203,91 pontos. As cotações são preliminares.

O mercado espera que a elevação <i>"dovish"</i> de 25 pontos-base nas taxas do BCE tenha marcado o fim da escalada de juros na zona do euro <i>(leia mais nesta reportagem especial) </i>- o que tende a favorecer o apetite por risco e, consequentemente, as ações.

Nesta sexta, os dirigentes Martins Kazaks e Madis Müller indicaram disposição a manter juros no patamar atual, embora não tenham descartado novas altas. Por outro lado, o <i>Financial Times</i> informou que diversas autoridades da ala hawkish do banco central acreditam que as taxas podem voltar a subir em dezembro.

Mais cedo, as ações dos mercados europeus ganharam apoio de dados positivo de varejo e indústria positivos da China. O setor de luxo foi um dos destaques, com o papel da Burberry Group ganhando 2,46% em Londres e o da LVMH saltando 2,21% e o da Kering ganhando 1,80% em Paris.

O chefe de mercados da Interactive Investor, Richard Hunter, chama atenção para a semana positiva do FTSE, referência da Bolsa de Londres, à medida que o cenário econômico global começou a exibir alguns sinais benignos.

"A última recuperação deixa o índice em alta de quase 4% no acumulado do ano e, embora este nível esteja um pouco longe das máximos históricas alcançados em fevereiro, também há esperanças de que a atual onda de otimismo global possa marcar um ponto de inflexão", afirmou Hunter.

<i>*Com informações da Dow Jones Newswires</i>

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