As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta terça-feira, 23, em meio a temores quanto ao recrudescimento do coronavírus no continente e à manutenção ou intensificação de medidas de restrições à mobilidade. O índice Stoxx 600, que reúne as principais ações da região, encerrou em baixa de 0,20%, a 423,31 pontos. O subíndice de viagens e lazer, por sua vez, cedeu 1,23%, a 263,40 pontos.
Especialistas avaliam que várias nações europeias enfrentam uma terceira onda de casos de covid-19. Na Alemanha, o governo decidiu estender o lockdown até 18 de abril, enquanto a França informou na segunda-feira que 4,5 mil pessoas estão em unidades de terapia intensiva, o maior número desde novembro de 2020. Já Portugal revelou que deve continuar em estado de emergência até, pelo menos, maio.
"(O avanço da covid-19) representa um problema para o setor de viagens e para o potencial de uma recuperação rápida, dada a natureza lenta do lançamento de vacinas", explica o analista Michael Hewson, da CMC Markets.
Na Bolsa de Londres, o papel da IAG, controladora de Iberia e British Airways, perdeu 4,39%, enquanto Easy Jet cedeu 3,27%. O índice FTSE 100, referência no mercado inglês, caiu 0,40%, a 6.699,19 pontos.
Em Frankfurt, o DAX teve leve variação positiva de 0,03%, a 14.662,02 pontos. A Lufthansa foi uma das empresas que lideraram as perdas, em baixa de 2,95%.
Em Paris, onde o índice CAC 40 caiu 0,39%, a 5.945,30 pontos, a ação da AirFrance cedeu 2,36%.
Em Milão, o FTSE MIB teve queda de 0,61%, a 24.113,86 pontos. Nas praças ibéricas, o Ibex 35, de Madri, perdeu 0,56%, a 8.390,30 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,81%, a 4.878,09 pontos.