Estadão

Bolsas da Ásia fecham em alta, em meio a indícios de apoio do governo chinês aos mercados

As bolsas da Ásia fecharam em alta nesta sexta-feira, 29, depois que evidências de apoio da China aos mercados se contrapuseram às preocupações quanto ao noticiário negativo no mercado imobiliário do país asiático.

A sessão foi marcada pela liquidez mais reduzida, no dia em que a principais praças ocidentais tem negócios fechados por conta da Sexta-Feira Santa.

O índice referencial de Xangai encerrou com ganho de 1,01%, aos 3.041,09 pontos, enquanto o de Shenzhen, menos abrangente, avançou 0,87%, aos 1.747,61 pontos.

Segundo a imprensa local, documentos regulatórios confirmaram que o veículo de investimento estatal Central Huijin tem ampliado a participação em fundos negociados em bolsa (ETF), o que injetou ânimo entre investidores.

Por outro lado, as incertezas referentes ao setor de imóveis continuam em vigor. Na quinta-feira, a endividada incorporadora Country Garden informou que atrasará a divulgação do balanço. A China Vanke, por sua vez, revelou ter registrado forte queda no lucro no ano passado.

Assim, ações do segmento ficaram sob pressão no pregão. Os papéis da China Vanke negociados em Shenzhen perderam 2,60% e os da Shanghai Industrial Development, em Xangai, cederam 2,12%. Não houve negociações na Bolsa de Hong Kong por conta do feriado.

No Japão, o índice Nikkei subiu 0,50%, aos 40.369,44 pontos. O ministro de Finanças do país, Suzuki Shunichi, voltou a afirmar que a pasta tomará "medidas apropriadas" no câmbio caso ocorram movimentos excessivos no iene. A divisa se enfraqueceu consideravelmente nos últimos dias, na esteira da decisão do Banco do Japão (BoJ) de encerrar a política de juros negativos.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi, de Seul, ganhou 0,03%, aos 2.746,63 pontos. O Taiex, de Taiwan, avançou 0,73%, aos 20.294,45 pontos. Na Oceania, os mercados na Austrália também fecharam.

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