Economia

Bolsas de NY fecham em alta, com cenário político nos EUA no foco

As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em alta nesta sexta-feira, 16, ajudadas por relatos de que o presidente americano, Donald Trump, teria dito a conselheiros que o chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, estava “100% garantido” no cargo. Além disso, os investidores já têm no radar a reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que ocorre em 20 e 21 de março.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,29%, aos 24.946,51 pontos. Na semana, entretanto, acumulou recuo de 389,23 pontos (-1,54%). O S&P 500 avançou 0,17% nesta sexta-feira, para 2.752,01 pontos, mas caiu 34,56 pontos (-1,24%) no acumulado da semana. Já o Nasdaq terminou o pregão estável, aos 7.481,99 pontos, e acumulou perda de 98,82 pontos (-1,30%) desde a sexta-feira anterior.

Após a saída de Rex Tillerson do Departamento de Estado americano e de Gary Cohn do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, a imprensa dos EUA passou a informar que Kelly e o conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster, poderiam deixar o governo. O militar Kelly, que era secretário de Segurança Interna no início do governo Trump, passou a ser chefe de gabinete a pedido do presidente para dar suporte à Casa Branca. Apesar dos boatos sobre sua saída, fontes consultadas pelo Wall Street Journal apontaram que Trump garantiu que Kelly continuará no cargo. Com isso, um ambiente positivo para ativos de risco voltou a ganhar fôlego.

Entre as ações de energia, um dos destaques foi a gigante petroleira Exxon Mobil, com os papéis encerrando em alta de 0,94%, na máxima do dia. O subíndice de energia do S&P 500 ganhou 1,01% nesta sexta-feira, apoiado pelo avanço nos preços do petróleo.

Especificamente no índice Dow Jones, contudo, a maior alta foi da multinacional varejista Walmart (+1,90%), que anunciou nesta semana novidades em suas operações para acirrar a concorrência com a Amazon (-0,67%).

Pesou para o encerramento na estabilidade do Nasdaq um equilíbrio entre altas e baixas de gigantes, como a queda de 0,35% das ações da Apple e o avanço de 0,67% das do Facebook. Já a Broadcom, cujos papéis despencaram 4,81%, segue sofrendo com a interrupção forçada da sua tentativa de aquisição da Qualcomm (+1,22%).

Noticiário corporativo à parte, os agentes se voltam agora para a próxima reunião de política monetária do Fed. O anúncio ao fim do encontro de um aumento de 0,25 ponto porcentual nos Fed Funds já está precificado pelo mercado. A informação a que investidores estarão mais atentos é a da trajetória que os dirigentes do banco central projetam para as taxas ao longo do ano, de forma a buscar eventuais sinais de um aperto monetário mais acelerado que o previsto.

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