Estadão

Bolsas de NY fecham em alta, com dados e notícias corporativas no radar

Os mercados acionários de nova York fecharam em alta, em sessão marcada por um maior fôlego nos índices, após ganhos modestos no pregão anterior terem interrompido uma tendência negativa recente. Investidores hoje monitoraram indicadores e notícias corporativas, mas os temores de eventual recessão global com o aperto monetário para conter a inflação seguiam presentes.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,60%, em 33.376,48 pontos, o S&P 500 subiu 1,49%, a 3.878,44 pontos, e o Nasdaq avançou 1,54%, a 10.709,37 pontos.

Na agenda de indicadores, o índice de confiança do consumidor dos EUA subiu de 101,4 em novembro a 108,3 em dezembro, segundo o Conference Board. O resultado superou a previsão de 101,2 dos analistas. Já as vendas de casas usadas no país caíram 7,7% em novembro ante outubro, quando analistas esperavam perda menor, de 5,9%.

As bolsas de Nova York já haviam aberto com ganhos, mas estenderam o movimento após os dados mistos dos EUA. Entre as ações em foco, Nike subiu 12,29% após os ganhos trimestrais da marca de roupas esportivas superarem a expectativa. Já Netflix teve alta de 3,39%, depois de reportagem da <i>Reuters</i> dizer que a Microsoft poderia ter interesse em tentar adquirir o serviço de streaming em 2023. Tesla, por sua vez, caiu 0,17%, após o preço-alvo do papel ser cortado pelo Deutsche Bank, de US$ 355 a US$ 270, mas o banco alemão continuar a recomendar sua compra. Além disso, potenciais mudanças no comando do Twitter seguem no radar – o CEO da Tesla, Elon Musk, tem acumulado as duas funções, mas sugeriu nesta semana que pode optar por outro executivo-chefe para a rede social. Além disso, Musk disse que cortou gastos para apoiar os resultados do Twitter.

Em relatório a clientes, a Capital Economics afirma que pode haver mais fraqueza nas ações americanas, na primavera local de 2023, com uma "leve recessão" nos EUA e quadros potencialmente piores de contração em outras partes do mundo. Segundo a consultoria, porém, não deve haver queda prolongada de ações de tecnologia, mas sim uma recuperação "sustentada" depois disso, conforme a economia global melhora. Nesse contexto, a Capital projeta que o S&P 500 termine o próximo ano em 4.200 pontos, ou cerca de 8% acima do nível atual.

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