Estadão

Bolsas de NY fecham em alta, com Nasdaq e S&P 500 renovando recordes

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta, 7, em sessão marcada pela publicação da ata relativa à última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed). O documento foi visto por analistas como "menos hawkish" do que o esperado, abrindo espaço para leves ganhos no mercado acionário, suficientes para que S&P 500 e Nasdaq renovassem recordes históricos de fechamento.

O índice Dow Jones avançou 0,30%, a 34.681,79 pontos, o S&P 500 subiu 0,34%, a 4.358,13 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,01%, a 14.665,06 pontos.

As altas consecutivas, em especial do S&P 500 chamam a atenção. O índice registra ganhos mensais por cinco meses consecutivos. "Embora uma sequência de avanços de cinco meses para o S&P 500 pareça muito", aponta o diretor financeiro da LPL, estrategista de mercado, Ryan Detrick, "um ano depois, as ações subiram 25 das 26 vezes após essas longas sequências mensais. Portanto, a verdadeira força poderia estar começando", avalia, olhando em retrospecto. De acordo com levantamento da consultoria, estes movimentos seguidos de alta tendem a serem seguidos por avanços nos 12 meses seguintes.

Na ata do Fed, a Capital Economics avalia que se mostrou "um pouco menos hawkish" do que o temido pelo mercado. "Em particular, parece haver apenas suporte limitado para começar a reduzir as compras mensais de ativos em breve", diz o economista-chefe para os EUA da consultoria, Paul Ashworth. Já a Pantheon Macroeconomics analisa que dois temas se sobressaem no documento. Um deles é a surpresa dos dirigentes "pela velocidade e pela extensão do salto na inflação", conforme a economia reabre. O outro é a elevada incerteza sobre a perspectiva para o crescimento e o avanço nos preços.

Algumas big techs americanas tiveram alta relevantes. A Amazon seguiu o movimento de avanço após a saída oficial de seu ex-CEO Jeff Bezos e subiu 0,57%. Apple (+1,80%) e Microsoft (+0,82%) foram outros avanços. Outros ganhos importantes estiveram entre mineradoras. A notícia de que as vendas de reservas de metais da China ficou abaixo do esperado impulsionou os preços de commodities como o cobre, levando a Southern Copper a uma alta de 2,48%.

Por outro lado, o setor de energia puxou as perdas do S&P 500, acompanhando o recuo no barril do petróleo. Chevron (-1,02%), ExxonMobil (-1,56%) e Occidental Petroleum (-3,48%) foram algumas das principais quedas na sessão. Com restrições na Europa e no Japão tendo em vista a variante delta do coronavírus, as aéreas foram outro setor em baixa. American Airlines (-3,33%), United Airlines (-2,22%) recuaram. Em meio à interferência chinesa nas ofertas da capital da empresa do país nos EUA, a Didi sofreu um novo tombo, depois de cair perto de 20% ontem, e encerrou em baixa de 4,64%. A Full Truck Alliance seguiu o movimento, e caiu 4,23%.

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