Estadão

Bolsas de NY fecham em alta e revertem queda forte de parte do pregão

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, 24, com reação na reta final do dia, após uma sessão em grande medida marcada pela aversão a risco. Com as perspectivas para aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na reunião da próxima quarta-feira e a escalada de tensões entre Rússia e Ocidente em virtude de uma potencial ação militar na Ucrânia, os papéis foram pressionados em boa parte do dia, com o Nasdaq chegando a recuar mais de 4%, mas houve espaço para uma reviravolta.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,29%, aos 34.364,50 pontos, o S&P 500 avançou 0,28%, aos 4.410,13 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,63%, a 13.855,13 pontos.

O Market Watch qualificava a reviravolta das bolsas no dia de hoje como "histórica". Após repetidas mínimas e quedas robustas no meio do pregão, vários setores fecharam no positivo, entre eles energia, tecnologia, consumo discricionário, serviços de comunicação e indústria.

Neste mês, porém, o S&P 500 recua 7,47%. Mais cedo nesta segunda-feira, a liquidação ganhou força à medida que as tensões geopolíticas com a Rússia continuam a aumentar e é "difícil separar a resposta dos investidores à situação da Ucrânia da apreensão geral, à medida que o Fed se prepara para remover os estímulos", aponta análise do BMO Capital.

As ações observam ainda a temporada de balanços. Depois de publicar na semana passada resultados com perspectivas vistas como negativas, Netflix caiu nesta segunda 2,60%, com perda superior a 35% neste ano.

Já a IBM recuou 0,41%, com expectativas pela divulgação de seus resultados após o fechamento dos mercados. Entre outras quedas de destaque e com números a serem divulgados nos próximos dias, Tesla (-1,47%) e Apple (-0,49%) recuaram. Já Microsoft reagiu na reta final, em alta de 0,11%, enquanto Alphabet também subiu (0,35%).

Na visão da Capital Economics, há poucas razões para pensar que as big techs se tornarão um empecilho desproporcional para os índices, se o sentimento continuar a azedar. "As big techs não foram poupadas na derrota do mercado de ações de 2022, que ganhou muito mais impulso em parte do dia de hoje. Mas o desempenho anterior em relação ao restante do Nasdaq e do S&P 500 foi, no entanto, impulsionado principalmente por lucros e não por avaliações", diz a consultoria.

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