Estadão

Bolsas de NY fecham em baixa, puxadas por balanços, e com destaque para Meta

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quinta-feira, em sessão fortemente influenciada pela publicação de balanços, com destaque para a Meta, que recuou mais de 25%. Outro elemento observado pelos mercados foi a adoção de uma postura "hawkish" nas decisões de política monetária dos principais bancos centrais da Europa, o que além da perspectiva de aperto, elevou os rendimentos dos títulos públicos. Na sexta-feira, a publicação do payroll de janeiro nos Estados Unidos deverá ser observada pelas sinalizações ao Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

O índice Dow Jones caiu 1,45%, a 35.111,16 pontos, o S&P 500 teve baixa de 2,44%, a 4.477,44 pontos, e o Nasdaq recuou 3,74%, a 13.878,82 pontos.

Com resultados divulgados na quarta-feira, a Meta, dona do Facebook, rede social mais popular do mundo, lucrou US$ 10,285 bilhões no quarto trimestre de 2021, um recuo de 8% em comparação com igual período de 2020. O ganho por ação foi de US$ 3,67, abaixo da previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 3,85.

Desde a divulgação do balanço, a companhia perdeu mais de US$ 230 bilhões em valor de mercado, de acordo com a <i>CNBC</i>, que lembra que é a maior queda diária da ação na sua história.

Por sua vez, até o meio da atual temporada de balanços, os lucros de empresas americanas vieram em média 5,4% acima das expectativas do Bank of America (BofA), enquanto as receitas superaram a previsão do banco em 3,0%.

Ao mesmo tempo, os resultados do quarto trimestre de 2021 são 3,7% maiores que a média do período anterior à pandemia de covid-19, mas 16,6% abaixo da média a partir do segundo trimestre de 2020, quando a crise sanitária foi desencadeada globalmente. "Essas tendências sugerem que o período de ganhos descomunais impulsionados pela recuperação mais forte do que o esperado da pandemia está terminando", conclui o BofA.

Ainda nesta quinta, o Banco da Inglaterra (BoE) aumentou a taxa básica de juros pelo segundo encontro consecutivo, a 0,50% ao ano, e parte expressiva dos dirigentes defendeu um aumento ainda maior. Já o Banco Central Europeu (BCE) deixou seus principais instrumentos inalterados, mas a comunicação da presidente Christine Lagarde deu ênfase particular aos riscos de inflação.

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