Economia

Bolsas de NY fecham em forte alta após Fed sinalizar paciência na alta de juros

As bolsas de Nova York fecharam com forte valorização nesta quarta-feira, 17, depois que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) se mostrou paciente no processo de elevação de juros.

Com o comunicado do Fed e a recuperação nas ações de energia, os índices Dow Jones e S&P 500 registraram os maiores ganhos porcentuais em uma sessão desde 2013, pondo fim a uma sequência de três quedas consecutivas. O volume negociado foi o terceiro maior neste ano.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,69%, aos 17.356,87 pontos, acompanhado pelo S&P 500, que subiu 2,04%, para 2.012,89 pontos, e do Nasdaq, que avançou 2,12%, para 4.644,31 pontos.

Muitos investidores esperam há algum tempo que o Fed sinalize um caminho mais preciso para o aumento das taxas de juros no próximo ano através da remoção da expressão “tempo considerável” de seu comunicado.

Em vez disso, o Fed disse que as autoridades acreditam que o banco central “pode ser paciente” e que essa nova descrição de sua posição é “consistente” com a garantia de que as taxas de juros vão continuar baixas por “tempo considerável”.

“Ainda temos o que eu chamaria de um apoio do Fed”, afirmou Rex Macey, da Wilmington Trust. “Eles não vão agir muito rapidamente. Eu acho que o mercado está feliz com um período de ajuste suave e é isso que o Fed parece estar comunicando”, acrescentou. A expectativa é que o aumento de juros aconteça no meio de 2015, mas alguns investidores apostam que o aperto monetário fique para setembro.

Antes do comunicado do Fed, as ações do setor de energia ganharam força, com a recuperação dos preços do petróleo e com investidores mudando suas posições. “Há pessoas que estão buscando tomar uma posição nas companhias de energia”, afirmou Keith Goddard, chefe de investimento na Capital Advisors.

Também nesta quarta-feira, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA caiu 0,3% em novembro ante outubro, em termos sazonalmente ajustados, segundo o Departamento do Trabalho, pior que a previsão, de queda de 0,1%. Este foi o pior resultado em quase seis anos, sinal de que a inflação está sendo pressionada pela queda dos preços de petróleo. O núcleo do CPI, que exclui as categorias de alimentos e energia, ficou em linha com as estimativas de economistas, com um ganho de 0,1%.

No noticiário corporativo, o destaque foram das ações do FedEx, que recuaram 6,48% após a empresa divulgar resultados de seu segundo trimestre fiscal com números abaixo do esperado pelos analistas. No setor de energia, os papéis da Chevron avançaram 4,32%, da ExxonMobil subiram 2,61%. Fonte: Dow Jones Newswires.

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