Estadão

Bolsas de NY fecham em queda, com ajustes no último pregão de agosto

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira, após dois dos principais índices acionários locais terem renovado recordes históricos de fechamento na segunda-feira e em meio a ajustes no último pregão de agosto. Investidores ficaram de olho na divulgação de indicadores econômicos nos Estados Unidos, que vieram abaixo das estimativas do mercado.

O índice Dow Jones recuou 0,11%, aos 35.360,73 pontos, seguido pela baixa de 0,13% do S&P 500, aos 4.522,68 pontos. O Nasdaq, por sua vez, caiu 0,04%, aos 15.259,24 pontos.

Estrategista chefe de mercados da LPL Financial, Ryan Detrick destaca, em relatório enviado a clientes, que setembro é historicamente um mês de perdas para as bolsas nova-iorquinas. "Mesmo no ano passado, em meio à forte recuperação das baixas de março de 2020, vimos uma correção de quase 10% em meados de setembro", diz o analista.

Para a consultoria, com uma esperada reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) prevista, junto a contínuas preocupações pela variante delta do coronavírus e o fato de que as bolsas de Nova York não recuam de maneira sustentada há bastante tempo, "investidores devem estar atentos a alguma volatilidade sazonal" no mês que vem.

Nesta terça-feira, operadores ficaram atentos à divulgação de indicadores econômicos nos Estados Unidos, incluindo o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) de Chicago, que caiu a 66,8 em agosto e ajudou no recuo dos índices acionários.

A Pantheon Macroeconomics avalia, em relatório, que a queda do indicador se deu pela disseminação da cepa delta nos EUA, mesma razão que explica o recuo 113,8 do índice de confiança do consumidor americano em agosto, segundo a Oxford Economics, que ainda destaca a baixa a 94,1 no índice de expectativas, que mede a perspectiva a curto prazo dos consumidores nos EUA.

Para a casa, o recuo no dado de expectativas reflete a desaceleração nos gastos de consumidores no terceiro trimestre, para alta anual de 3%, seguindo o crescimento anualizado de 11% no primeiro semestre de 2021.

Entre ações, os papéis de Pfizer e Moderna fecharam em direções distintas nesta terça-feira, após um estudo envolvendo 2.499 profissionais belgas da área da saúde mostrar que o imunizante contra a covid-19 da segunda farmacêutica gera mais anticorpos que da primeira. Com isso, a ação da Pfizer recuou 1,45% nesta terça em Nova York, enquanto a da Moderna subiu 1,62%.

Destaque negativo do dia, o Wells Fargo tombou 5,60%, após a <i>Bloomberg</i> reportar que entidades regulatórias dos EUA alertaram o banco que podem trazer novas sanções para acelerar o ritmo com que a empresa cumpre suas obrigações de restituições a vítimas de abusos do banco.

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