As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta quarta-feira, 14, pressionadas pelo impasse fiscal nos Estados Unidos, após o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, dizer que um acordo antes da eleição seria "difícil". A volatilidade gerada pela temporada de balanços corporativos e os temores com o avanço da covid-19 no mundo também pesaram nos índices.
O Dow Jones caiu 0,58%, a 28.514,00 pontos, o S&P 500 cedeu 0,66%, a 3.488,67 pontos, e o Nasdaq registrou baixa de 0,80%, a 11.768,73 pontos. "Após uma alta de cerca de 10% para o S&P 500 desde a baixa de setembro, não é nenhuma surpresa que os mercados façam uma pausa para consolidar os ganhos", dizem analistas da corretora americana LPL Financial.
Após abrirem em leve alta, os índices acionários americanos inverteram a direção com os comentários de Mnuchin. O secretário frisou que há uma "distância" entre os partidos no que se refere aos estímulos. O diretor do Conselho Econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, por sua vez, disse em uma entrevista à <i>CNBC</i> que os republicanos estão "frustrados" com o impasse, mas negou que as negociações "tenham morrido". Analistas do Citigroup destacam que os republicanos planejam um projeto de lei direcionado a setores específicos, mas que não deve haver apoio bipartidário.
A fuga dos ativos de risco também foi impulsionada por temores da segunda onde de coronavírus, principalmente na Europa. O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou que haverá toque de recolher em Paris e outras regiões para tentar conter o avanço da doença. O país também decretou estado de emergência sanitária.
Entre as empresas que divulgaram balanço hoje, Goldman Sachs subiu 0,20%, Wells Fargo recuou 6,02%, Bank of America cedeu 5,33% e United Health caiu 2,89%. Após o fechamento, Alcoa e United Airlines também informaram resultados. No after hours em Nova York, as ações das duas companhias registravam baixas de 2,69% e 1,15%, respectivamente, às 17h50 de Brasília.
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