Estadão

Bolsas de NY fecham em queda, com liquidez reduzida e à espera de balanços

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta segunda-feira, 11, após sessão volátil em que os índices acionários abriram sem direção única e chegaram a subir em bloco no fim da manhã, trajetória que foi revertida durante a tarde. O feriado de Columbus Day nos EUA reduziu o volume de negociações em Wall Street à medida que manteve o mercado de Treasuries fechado. Investidores também digerem sinais de baixa para a economia americana e esperam pelo início da temporada de balanços corporativos nesta semana.

O Dow Jones fechou em queda de 0,72%, aos 34.496,06 pontos, o S&P 500 teve baixa de 0,69%, aos 4.361,19 pontos, e o Nasdaq registrou perdas de 0,64%, aos 14.486,20 pontos.

Ações de bancos americanos caíram na maioria hoje, antes das empresas divulgarem seus resultados trimestrais nesta semana, que dão início à temporada de balanços nos EUA. JPMorgan (-2,10%), Goldman Sachs (-1,93%) e Morgan Stanley (-2,75%) estiveram entre os destaques negativos em Wall Street.

Em relatório a clientes, a LPL Financial Research estima que grandes empresas americanas vão reportar bons resultados no terceiro trimestre, mas surpresas positivas não devem ser tão frequentes como nos primeiros seis meses de 2021. "Investidores que procuram por grandes surpresas positivas ficaram desapontados. Os gargalos na cadeia de suprimentos e a escassez de mão de obra e matérias-primas seguraram parcialmente o desempenho das companhias nos últimos meses", explica o estrategista de patrimônio financeiro da LPL, Jeffrey Buchbinder.

Ainda entre ações específicas, a Merck recuou 0,84%, apesar da notícia de que a farmacêutica pediu autorização ao Food and Drug Administration (FDA, a Anvisa dos EUA) para o uso emergencial de seu medicamento contra a covid-19 Monulpiravir, que reduziu em quase 50% o risco de morte pela doença em testes clínicos.

O mercado acionário ainda monitora incertezas em relação à economia dos EUA, diante dos impactos da variante delta da covid-19 e também por problemas na cadeia de produção, que elevam a inflação e restringem a produção industrial no país. Em face destes problemas, a IHS Markit cortou sua expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) americano em 2021, de 5,7% a 5,4%.

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