As bolsas de Nova York fecharam em sua maioria em território negativo, mas recuperando-se nas horas finais do pregão desta quinta-feira, 3. Houve preocupação com o desenrolar do diálogo entre China e Estados Unidos sobre suas diferenças comerciais, que ocorre em Pequim, mas relatos de que as conversas evoluíam bem beneficiaram Wall Street à tarde. Além disso, algumas empresas estiveram em foco, em meio à temporada de balanços.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,02% (+5,17 pontos), em 23.930,15 pontos, interrompendo uma sequência de cinco quedas, o Nasdaq recuou 0,18% (-12,75 pontos), a 7.088,15 pontos, e o S&P 500 teve baixa de 0,23%, a 2.629,73 pontos.
Entre as ações em foco, Boeing subiu 2% e ajudou o Dow Jones a terminar em território positivo. O papel da fabricante de aeronaves interrompeu com isso uma sequência de quatro quedas consecutivas. Já papéis do setor financeiro e de cuidados com saúde pesaram sobre o S&P 500. Cardinal Health teve queda de 21,42%, depois de divulgar balanço fraco, prejudicado pela forte baixa nos preços de medicamentos genéricos. AIG teve queda de 5,3%, após resultados corporativos que também não agradaram.
O papel da Tesla fechou em baixa de 5,55%. Depois do fechamento de ontem, a companhia fabricante de carros automatizados informou que teve prejuízo de US$ 709,6 milhões no primeiro trimestre. Pior ainda, a conferência por telefone a investidores depois do balanço foi muito mal avaliada pelos investidores, após o fundador da empresa, Elon Musk, rechaçar questões de analistas que considerou “chatas” ou mesmo “idiotas”. Após Musk começar a deixar de responder a perguntas que não lhe agradaram, a ação caiu mais de 5% em um intervalo de 20 minutos. Pelo menos três analistas cortaram o preço-alvo da ação, depois desse evento. Um porta-voz da Tesla não quis comentar o assunto.
Houve ainda certa cautela antes da divulgação do relatório mensal de empregos (payroll) de abril. O dado está previsto para a manhã desta sexta-feira Fonte: Dow Jones Newswires.