Bolsas de NY fecham mistas com notícia de mutação do coronavírus e acordo nos EUA

As bolsas de Nova York fecharam mistas nesta segunda-feira, 21, em que investidores ponderaram a notícia de que o Reino Unido identificou uma nova cepa do coronavírus mais transmissível com avanços no processo legislativo para a aprovação de um novo pacote fiscal nos Estados Unidos.

O índice Dow Jones encerrou com ganho de 0,12%, 30.216,45 pontos. O S&P 500 perdeu 0,39%, a 3.694,92 pontos, e o Nasdaq cedeu 12.742,52. Em meio à volatilidade, o índice VIX, espécie de termômetro do medo em Wall Street, saltou 16,64%, a maior alta diária desde outubro.

A cautela generalizada se espalhou pelos mercados financeiros em todo o globo, depois que o governo britânico informou que a mutação do Sars-cov-2 descoberta no país pode ser até 70% mais transmissível que as anteriores. Em resposta, diversas nações, entre eles Itália, Bélgica e Holanda, decidiram suspender os voos vindos do Reino Unido.

À tarde, representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) esclareceram que é improvável que a nova variante do vírus inviabilize as vacinas, o que forneceu certo alívio aos negócios.

Para a Capital Economics, a mutação do vírus é um problema imediato para os mercados. "Mas, embora as ameaças de curto prazo tenham aumentado, continuamos com nossa visão de que os ativos de risco continuarão a ganhar mais terreno e que o dólar se depreciará no próximo ano", avalia a consultoria, em relatório.

Também no radar das mesas de operação, o texto da legislação que prevê nova rodada de estímulos fiscais nos EUA foi finalizado hoje, após acordo bipartidário firmado ontem. Segundo o <i>Politico</i>, a expectativa é de que o projeto seja votado na Câmara dos Representantes por volta das 22h (horário de Brasília). O pacote mobiliza cerca de US$ 900 bilhões para medidas como benefício adicional para desempregados de US$ 300 por semana e um pagamento de US$ 600 para a maioria dos americanos.

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