Economia

Bolsas divergem em NY por balanços e petróleo

As bolsas de Nova York fecharam em direções divergentes nesta terça-feira, 14, após a divulgação de balanços de grandes empresas e a queda brusca no preço do petróleo. Os principais índices fecharam próximos das mínimas intraday em cada uma das últimas quatro sessões, indicando que poucos investidores estão dispostos a comprar diante de um mercado em queda.

O índice Dow Jones fechou em 16.315,19 pontos, com queda de 5,88 pontos (0,04%), o quarto dia seguido de baixas. O índice S&P 500 avançou 2,96 pontos (0,16%), para 1.877,70 pontos. O Nasdaq ganhou 13,51 pontos (0,32%), fechando em 4.227,17 pontos.

Incertezas sobre o ritmo do crescimento econômico global e sobre mudanças na política monetária do Federal Reserve (Fed) também contribuíram para pressionar as ações nas últimas semanas. O S&P 500 encerrou a 6,6% abaixo do último recorde de fechamento, em 18 de setembro, o recuo mais rápido desde o fim de 2012, quando investidores se preocupavam com as implicações do chamada abismo fiscal e o impasse político em Washington.

Após operarem em alta na maior parte do dia, a ampliação da queda nos preços do petróleo pressionou o mercado na última hora da sessão. Mais cedo, o índice Dow Jones chegou a subir 143 pontos.

Ações de energia reverteram os ganhos iniciais e recuaram. As ações da petroleira Chevron fecharam em queda de 2,01% e as da ExxonMobil caíram 0,32%. O contrato de petróleo bruto para novembro na New York Mercantile Exchange (Nymex) fechou em US$ 81,84 por barril, com queda de 4,54%, o maior recuo em um dia desde novembro de 2012.

A queda nos preços dos petróleo é mais uma evidência da fraca demanda industrial no mundo, de acordo com investidores. O declínio nas ações de energia e nos preços das commodities abriu rombos em alguns fundos de hedge e motivaram os investidores de curto prazo a se afastarem do mercado de ações.

Entre as empresas que divulgaram balanços hoje, as ações do Citigroup tiveram alta de 2,4%, já que o lucro da companhia superou as estimativas dos analisas. Os papéis do Wells Fargo caíram 3,1%, após os resultados do banco mostrarem uma contínua lentidão nos negócios de hipotecas. A Johnson & Johnson perdeu 2,1%, apesar de a companhia ter anunciado que o lucro subiu 59% com o aumento das vendas de produtos farmacêuticos no trimestre. As ações do JPMorgan recuaram 0,7%, após divulgação de lucro pouco acima da previsão.

Empresas aéreas, por sua vez, se recuperaram depois de preocupações com o vírus do ebola derrubarem as ações ontem, quando a United Continental caiu 7,3% e a Delta Air Lines recuou 6,1%. Hoje, esses papéis subiram 6,46% e 6,12%, respectivamente. Fonte: Dow Jones Newswires

Posso ajudar?